Francisco acolheu participantes da Conferência internacional sobre “Solidariedade, cooperação e responsabilidade
O Papa Francisco acolheu este sábado, em audiência, os participantes da Conferência internacional sobre “Solidariedade, cooperação e responsabilidade, organizada pela Fundação Centesimus Annus Pro Pontifice.
“Nestes dias tendes tratado de temas essenciais como a solidariedade, a cooperação e a responsabilidade como antídotos contra a injustiça, a desigualdade e a exclusão”, começou por afirmar o papa.
Na sua intervenção Francisco afirmou que “a construção de um mundo mais solidário, justo e equitativo” não é uma “questão política”, mas “é dar conteúdo à fé” e apelou à recuperação da “doutrina social da Igreja” perante as injustiças e a exploração galopante.
“A resposta à injustiça e à exploração não se faz apenas pela denúncia. Faz-se, sobretudo, pela promoção ativa do bem: Denunciar o mal e promover o bem. Num terreno contaminado pelo domínio das finanças necessitamos de pequenas sementes para que brote uma economia justa e benéfica para a dignidade do ser humano. Isso faz-se pela prática do ensino da doutrina social da Igreja”, apelou.
Francisco agradeceu o trabalho da Fundação, nomeadamente no campo da educação e da formação, bem como “o compromisso de financiar estudos e pesquisas para os jovens sobre novos modelos de desenvolvimento econômico e social, inspirados na doutrina social da Igreja”.
As pedras angulares da Doutrina Social da Igreja
O Papa apontou a “Solidariedade, cooperação e responsabilidade”, tema do encontro, como as “três pedras angulares da Doutrina Social da Igreja”.
“É precisamente estudando a doutrina social, que considera a pessoa humana, naturalmente aberta à relação, como ponto mais alto da criação e do centro da ordem social, económico e político. Com este olhar, atento ao ser humano e sensível à concretização das dinâmicas histórica, a doutrina social contribui para uma visão do mundo oposta à visão individualista, na medida em que se baseia a interconexão entre as pessoas e tem como meta o bem comum”, desenvolveu.
Aos cristãos de todo o mundo o Papa reafirmou que estão chamados a “superar o poder do dinheiro que muitas vezes decide as causas dos povos; superar as cercas das ideologias, que dividem e amplificam o ódio; superar cada barreira histórica e cultural e, sobretudo, superar a indiferença: aquela cultura da indiferença que, infelizmente, é quotidiana. Todos podemos ser irmãos e, portanto, podemos e devemos pensar e trabalhar como irmãos de todos”, terminou.
Educris|23.10.2021