Papa despediu-se, em Erbil, do povo iraquiano garantindo a sua oração e desafiando a todos a construir "um futuro de paz e fraternidade"
“O Iraque ficará sempre comigo”, afirmou ontem o Papa Francisco no final da eucaristia a que presidiu em Erbil, no curdistão iraquiano, e onde estiveram mais de 10 mil pessoas.
“Obrigado! Obrigado […] abraço os cristãos das várias Confissões: muitos dos seus membros derramaram o sangue aqui sobre a mesma terra! Mas os nossos mártires resplandecem juntos, estrelas no mesmo céu! Lá de cima pedem-nos para caminharmos juntos, decididamente, rumo à plenitude da unidade”, afirmou o papa.
Francisco agradeceu “aos que prepararam a visita, aos que rezaram e fizeram o acolhimento”, e saudou “com particular afeto” a querida população curda”.
Aos presentes o papa passou em revista os três dias de visita onde afirmou ter ouvido “vozes de sofrimento e angústia, mas ouvi também vozes de esperança e consolação.”
“E isto fica-se a dever, em grande parte, àquela incansável obra de bem-fazer que se tornou possível graças às instituições religiosas das várias Confissões, graças às vossas Igrejas locais e às várias organizações caritativas, que assistem o povo deste país na obra de reconstrução e renascimento social”, reconheceu.
Quase a regressar a Roma Francisco afirmou que “o Iraque ficará sempre comigo, no meu coração” e pediu a todos o esforço de trabalhar em conjunto “por um futuro de paz e prosperidade que não deixe ninguém para trás nem discrimine ninguém”.
“Rezo para que os membros das várias comunidades religiosas, juntamente com todos os homens e mulheres de boa vontade, cooperem para forjar laços de fraternidade e solidariedade ao serviço do bem e da paz”, afirmou antes de se despedir em árabe no tradicional cumprimento local.
O Papa regressa hoje a Roma pelas 09h40 locais (06h40 em Portugal continental), após uma breve cerimónia de despedida já no aeroporto de Bagdade.
Educris|08.03.2021
Imagem: Vatican.va