Papa Francisco: «Ser Igreja significa ter um olhar e um coração criativos» (C\vídeo)

Francisco enviou mensagem à X Edição do Festival de Doutrina Social da Igreja que decorre em Verona, Itália

O Papa Francisco disse hoje que “para nós, cristãos o futuro tem um nome e este nome é esperança”.

“A esperança é a virtude de um coração que não se fecha no escuro, não se detém no passado, não vive no presente, mas sabe ver o amanhã”, apontou na vídeo-mensagem que dirigiu aos participantes do Festival de Doutrina Social da Igreja que decorre em Itália.

«Memória do Futuro» é o tema da edição deste na da iniciativa que reúne empresários e profissionais do âmbito da cooperação, da economia e da cultura.

Francisco sustentou que para os crentes “o amanhã” é sinonimo de uma vida redimida, a alegria do dom do encontro com o amor trinitário”.

Assim, reforçou, o “ser Igreja” significa “ter um olhar e um coração criativos e escatologicamente orientados, sem ceder à tentação da nostalgia, que é uma verdadeira patologia espiritual”, lamentou.

Partindo do pensamento de Vja?eslav Ivanovich Ivanov, um pensador russo falecido em Roma nos pós II guerra Mundial, e que advoga que “apenas existe o que Deus recorda”, Francisco desafiou os crentes a “uma dinâmica” que não se pode “reter no passado”, mas deve “aceder continuamente à memoria do Pai” através d “exercício da caridade”.

“Digamos não à nostalgia, que bloqueia a criatividade e nos torna pessoas rígidas e ideológicas também na esfera social, política e eclesial; antes, a memória, tão intrinsecamente ligada ao amor e à experiência, que se torna uma das dimensões mais profundas da pessoa humana”, apelou.

Ser Memória de Futuro

Francisco esclareceu, então, o significado da expressão “viver a memória de futuro” e desafiou os participantes do Festival.

"Viver a memória do futuro significa empenhar-se a fazer de modo que a Igreja, o grande povo de Deus (LG, 6), possa constituir na terra o início e o germinar do reino de Deus. Viver como fiéis imersos na sociedade, manifestando a vida de Deus que recebemos como dom no Batismo, para que se possa fazer memória agora daquela vida futura na qual estaremos juntos diante do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.

Para o Papa tal atitude “ajuda a superar a tentação da utopia, de reduzir o anúncio do Evangelho ao simples horizonte sociológico ou de nos comprometer no marketing das várias teorias económicas ou fações políticas. No mundo, é preciso estar com a força e a criatividade da vida de Deus em nós: assim, saberemos fascinar o coração e o olhar das pessoas ao Evangelho de Jesus, ajudaremos a fazer fecundar projetos de nova economia inclusiva e de política capaz de amor”, concluiu.

O programa do Festival prevê inúmeros eventos, entre os quais seminários e conferências, que poderão ser seguidos no site www.dottrinasociale.it

Educris|26.11.2020

 



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