Obra nasceu em contexto de pandemia e reúne a visão de 56 crianças e famílias sobre os «Direitos da Criança»
Verónica Parente disse hoje aos responsáveis da Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) que é fundamental “dar a conhecer aos mais novos uma declaração que diz respeito a todos”.
“A Educação cristã passa verdadeiramente por aqui. Sermos capazes de estabelecer esta reconexão entre o ‘eu’ e o ‘nós’ através do conhecimento e reconhecimento dos direitos uns dos outros”, sustentou.
A obra, nascida em contexto de pandemia, apresenta o testemunho de 56 crianças e das suas famílias, com uma breve reflexão, sobre cada um dos direitos, desde a perspetiva singular do seu olhar”, explicou aos responsáveis.
A convenção sobre os «Direitos da Criança» foi adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 20 de novembro de 1989 e ratificada por Portugal em 21 de setembro de 1990.
Partindo da consciência de que “nem todas as crianças usufruem dos direitos aí consagrados”, os autores Frei João Costa e Verónica Parente, querem ajudar “a trazer a vida à Igreja, à EMRC e à catequese”.
Ilustrada pelas próprias crianças, com destaque para “uma timorense, uma refugiada moçambicana, uma menina com necessidades educativas especiais, algumas migrantes e por Kiko Salcedo, jovem catalão portador de paralisia cerebral”, a obra constitui-se como um “importantíssimo contributo para que se vá consolidando o conhecimento e o respeito pelos direitos da criança que, uma vez libertada da qualidade de simples «menor» - que tanto a foi diminuindo como pessoa - surge agora, perante o adulto, como um outro, um verdadeiro sujeito, portador de dignidade humana, com direito a participar ativamente num mundo de todos, independentemente da sua idade”, afirma Álvaro Laborinho Lúcio no prefácio.
“No fundo é uma mensagem que obriga a substituir os tempos vulgarizados e vencidos, por fortes vontades de mudar o que tem de ser mudado e de fazer o que tenha de ser feito”, considera Verónica Parente.
Na apresentação a autora desafiou os responsáveis a “darem espaço aos mais novos para se poderem expressar nas diversas dimensões para que possam descobrir e viver o amor de Deus”.
Educris|06.07.2024