Responsável pelo Serviço Pastoral à Pessoa com Deficiência (SPPD) abordou os desafios da catequese para “integrar bem a Pessoa com Deficiência”
Carmo Diniz disse hoje que “a catequese é uma grande porta para a vida da fé” e que “sem ela, ou com entraves ao acesso, cria-se um grave problema”.
“Se a catequese não tem o tamanho para acomodar a cadeira de rodas, ou outras quaisquer particularidades, temos um problema sério”, lamentou.
Na apresentação «A Catequese e as pessoas com deficiência», a responsável considerou que “a sinodalidade também há-de trazer a consciência de que isso exige esperar pelos tempos uns dos outros”.
“O catequista tem um papel muito importante no acesso que Deus quer fazer com todos. O caminho vem depois. Primeiramente havemos de ser sempre um abraço e ter um acolhimento próximo, pois a catequese também é para todos. Não sou capaz de imaginar um sítio onde se diga que ‘o seu filho não pode ir à catequese’ por esta ou aquela razão”, desenvolveu.
Apresentando “algumas propostas para a integração da Pessoa com deficiência nos vários âmbitos da Igreja”, Diniz Carmo deu conta da existência de exames de consciência para invisuais e um Guia de Acolhimento Eclesial a pessoas com deficiência”.
Afirmando subsistirem “ainda barreiras físicas para o acesso à catequese”, como “seja a falta de acessibilidade ao espaço, à informação, na adaptação de materiais e mesmo de orientação espacial”, Carmo Diniz lembrou que “desde sempre a Igreja olhou para a Pessoa com Deficiência como sujeito plenamente humano”.
“Mais do que os problemas de cariz físico o que mais nos preocupa, no Serviço, é a existência de barreiras culturais e mesmo de hábito. Às vezes, por desconhecimento, houve-se coisas como ‘O Bernardo é um anjo e não precisa de Deus’, como não precisa de Deus?”, questionou.
Citando diversos documentos do magistério que abordam o lugar e o papel da Pessoa com Deficiência na Igreja, Carmo Diniz anunciou o aparecimento, já no próximo mês de setembro, de um “manual de apoio para animadores e catequistas para a inclusão de pessoas com deficiência”.
“A Igreja é de todos e para todos. Desde o seu início a Igreja a todos acolhe, nela todos tem lugar. Esforcemo-nos por ajudar neste caminho”, completou.
Educris|05.07.2024