Ensino: «Estamos determinados em cuidar», Fernando Magalhães
Presidente da Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC) critica tomada de posição do Ministério da Educação que impede o ensino à distância
“Uma coisa é o imperativo moral de que todos paremos a pandemia. Outra é impedir que os alunos aprendam e se privem as novas gerações de aprender”, considerou, esta manhã, o diácono Fernando Magalhães, presidente da APEC.
À margem da formação «Liderança ética em contexto escolar de pandemia», que reuniu online mais de duas centenas de professores do ensino estatal e particular e cooperativo, o responsável deu conta da sua “indignação” em todo o processo e considerou que a sua prática limita o ato “de aprender e ensinar”.
“Parece-nos que esta medida [ndr: encerramento das escolas sem possibilidade de aulas online] carece de fundamento e atenta contra as liberdades de ensinar e aprender é o facto de nos impedirem de continuar o livre exercício de manter a continuidade letiva".
A APEC dirigiu ontem “uma carta ao ministro da Educação” em que considera “ilegítima qualquer medida que impeça cumprir as liberdades de ensinar e de aprender”.
Numa fase em que os números da pandemia se agudizam o presidente da APEC defende que a missão das escolas católicas passa, fundamentalmente, por “tratar de todos os que connosco vivem e crescem” numa “atenção especial às famílias, alunos, professores e colaboradores” que vai para lá “das simples aprendizagens académicas”, mas que “quer ajudar a um crescimento integral”.
“Os dias não estão fáceis, mas estamos determinadíssimos a acompanhar os alunos e as suas famílias, com atividades facultativas e didáticas porque não abrimos mão daqueles que nos foram dados”, concluiu.