IX ENES: Uma disciplina que nos ajuda a descobrir “o serviço ao outro”

«Abeira-te» desafia alunos a estarem ao serviço da diferença numa união com uma ecologia integral

São cerca de 1600 os alunos de EMRC do ensino secundário que disseram “presente” ao desafio do IX Encontro Nacional do Ensino Secundário (#IXENES). Depois de Lisboa, Porto, Beja, Braga, Lamego, Leiria, Aveiro e Tomar, a iniciativa promovida pelo Secretariado Nacional da educação Cristã (SNEC) chegou, por fim, a Viseu.

No terreiro da feira de São Mateus a aluna Ana Marques, do 10º ano numa escola de Évora, garantiu que quis vir ao IX ENES por que “gosto muito de ajudar os outros” e o “tema deste ano chama-nos para nos abeirarmos dos outros”. No início de mais um encontro a adolescente disse estar certa de “sair daqui com o coração cheio ao ver tantos colegas de todo o país que também querem tornar o mundo um melhor lugar para viver com atitudes claras de respeito pelos outros e pela natureza”.

Da mesma escola mas com mais um ano no “currículo” o João Cardoso diz-nos que a sua historia com a disciplina já vai longa:

“Comecei a frequentar a disciplina no “5º ano por influência dos meus pais”. Com o passar do tempo “comecei a gostar da dinâmica e das aprendizagens que fazemos na disciplina garantiu “gostar da dinâmica das aulas e dos temas abordados”.

Numa atividade com forte carga ecológica o aluno de Évora lembrou que “a teoria que vamos aprendendo nas diversas disciplina é boa e necessária”, mas aqui “podemos praticar na prática esta mesma teoria”.

Uma disciplina que me ajuda a perceber mais a sociedade e a posicionar-me perante os problemas

Inês Santos vem de Gouveia convicta da sua opção nesta disciplina no secundário por que, afirma, “com ela podemos aprender mais sobre a sociedade, os seus valores e o modo como atuamos nela. É diferente e eu gosto disso”. Ao seu lado Beatriz Simões completa dizendo que as aulas “são importantes para o nosso desenvolvimento humano” pois é nelas que “falamos de assuntos atuais que nos obrigam a posicionarmo-nos e a termos opinião fundamentada”.

Para as duas discentes o tema do encontro e das dinâmicas implementadas pela organização de proteção da natureza “são fundamentais para a nossa geração” destacando, ainda que “a  ajuda “ao próximo contribuiu para termos uma sociedade diferente”.

Voluntariado ou o modo de se colocar “ao serviço dos outros”

Estão em “amena cavaqueira” num dos cantos da feira de São Mateus. Ao Educris acederam falar duas, das dez alunas do secundário, que vindas de Amares, em Braga, fizeram “há muito tempo” a opção pela EMRC.

Cila Oliveira apresenta-se como cantora de “covers” do youtube e mostra, com orgulho, as várias músicas e um número já razoável de visualizações. “Mete like e segue o meu canal”, grita orgulhosa. Frequenta a disciplina por que “esta ajuda-me a perceber que a vida deve estar ao serviço do bem dos outros tornando-se assim maior do que nós”.

Ana Azevedo do 11º ano da mesma escola abana com a cabeça em sinal de concordância e, rodeada já pela “claque” de adolescentes, lembra a importância e o papel do professor neste processo:

“O professor cativa-nos. Ainda antes de termos EMRC já toda a gente conhecia o professor na escola por que ele é humano e especial. Consegue cativar os alunos com temas do dia a dia e ajuda-nos a refletir sobre eles e a criarmos sentido critico”, aponta.

Em Amares os alunos são incentivados a desenvolverem vários “projetos de voluntariado” ao longo do secundário que culmina com um mês de trabalho voluntário em “Moçambique”.

Cila Oliveira explica que a preparação para esta “Missão Amares” ajuda-nos a perceber a nossa vida e a colocamo-nos ao serviço dos que mais precisam”.

O IX ENES reúne até amanhã, sábado, cerca de 1600 alunos de EMRC de todo o país.



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