Publicações: Novo material permite fazer da catequese um «laboratório da fé»
«Viver em Cristo» foi apresentado em sessão online
O padre José Henrique Pedrosa disse ontem aos catequistas que o novo material «Viver em Cristo», inserido na coleção Emaús traz consigo “uma nova metodologia”.
“Nesta primeira adolescência pensa-se no retomar das dimensões essenciais da fé, com uma vivência diferente, resultado de uma realidade diferente que vai ocorrendo em cada um. Também a metodologia muda, em relação à etapa anterior, pois os pré-adolescentes estão em grande mudança”.
No Webinar que reuniu quase duas centenas de catequistas de todo o país, o responsável pela catequese da Diocese de Leiria-Fátima, aprofundou as opções do 4º percurso do Tempo do «Aprofundamento Mistagógico (AM4).
“Este material vai ajudar os adolescentes a inserir-se na comunidade. É uma fase em que se personaliza a fé. Tudo o que tem a ver com esta realidade passa a ser nossa, a ser vivida por cada um de maneira pessoal”, desenvolveu.
Explicando a “mistagogia”, o especialista retomou “a base do próprio Itinerário” para reafirmar que a “mistagogia acontece depois dos sacramentos da iniciação cristã” e é o “tempo necessário para aprofundar e refletir sobre o que se acolhe e se recebe”.
“É um tempo para saborear, para voltar aos mistérios e acolhê-los de forma mais vivencial. Para que os que já os celebraram os possam fazer mais presentes e viver mais profundamente a vida cristã”.
Para o sacerdote é fundamental que este tempo seja uma oportunidade “para o aprofundamento da fé” em lógica “laboratorial”.
“Já o Papa João Paulo II pedia, no ano 2000, uma catequese que fosse laboratório da fé, e isso é o que se pretende com este AM4. Aquilo que é o aprofundamento da fé, nas suas dimensões, possa ser levado à prática numa lógica projetual”.
Aconselhando a quecada catequista “prepare atempadamente cada trimestre”, o padre José Henrique Pedrosa destacou a importância “do projeto” que interliga os diferentes encontros.
O «Aprofundamento Mistagógico» é um dos Tempos propostos pelo novo Itinerário para a catequese.
“Neste AM4 trabalhamos com os mais novos a questão moral e fazemo-lo não a partir das regras que se impõem, mas da liberdade que brota do amor”.
“Partimos da liberdade, do encontro, na relação que vamos percecionando de que há um Deus que propõe e que é melhor para nós. Uma vida boa, bela. Partindo deste sentido essencial estão pensados os Mandamentos e as Bem-Aventuranças pois é do encontro com Deus que faz sentido perceber os Mandamentos como uma proposta de caminho”, desenvolveu.
Para o padre Rui Alberto, da Salesianos Editora, este modo de trazer a regra a partir da experiência de relação respeita “a construção da própria identidade, num tempo por vezes solitário” e constituiu-se como “uma oportunidade de caminho em conjunto alinhado com a Doutrina Cristã e as matrizes do desenvolvimento psicológico e social de hoje”.
“Os adolescentes colocam em causa. É etapa de crise e esta leva ao crescimento. Os mais novos querem perceber como viver melhor a vida, não lutam contra si mesmo, mas procuram construir uma vida com sentido e isso faz questionar a infância para perceber melhor o que pode estruturar a vida”, completou o padre José Henrique Pedrosa.
Os novos materiais, integrados na coleção «Emaús» colocam a catequese num caminho “de mistagogia”, fazendo dela um laboratório e uma experiência constante de encontro com Cristo”, completou.