Vila Real: «A Catequese foi vital na consolidação da diocese», padre Márcio Martins

Conferência aprofundou «lugar da catequese» na preparação do centenário da diocese transmontana

D. António Augusto Azevedo afirmou, na passada sexta-feira, que “no contexto peculiar que vivemos” é necessária uma aposta forte “na formação dos catequistas”.

“A catequese hoje é mais exigente e requer uma preparação mais profunda aos catequistas. Ainda temos muito a fazer na formação destes agentes seguindo a orientação da Carta Pastoral «Catequese, a Alegria do Encontro com Jesus Cristo» e o Diretório para a Catequese”.

À margem da conferência «Um século de Catequese», inserida no ciclo «Aprofundar as Raízes», que a Diocese de Vila real promove no âmbito do seu centenário, o prelado agradeceu o papel de quantos se dedicam à transmissão da fé nas comunidades cristãs.

“Diz-se que o bispo é o primeiro catequista, e é verdade. Mas não podemos deixar de recordar os párocos e as centenas de catequistas que com muito esforço, paixão e compromisso cristão se deram de corpo e alma a este trabalho que é a catequese. Merecem uma medalha”, declarou.

A Catequese ajudou a consolidar a Diocese

Na conferência, que “aprofundou as raízes” da diocese a partir da história da catequese, o padre Márcio Martins, afirmou que a “aposta na catequese ajudou a consolidar a própria diocese de Vila Real nos seus primórdios”.

“Os primeiros bispos da diocese apostaram muito na formação cristã dos católicos destas terras. D. João Evangelista Lima Vidal, ainda como pároco, foi o tradutor do primeiro compêndio da Doutrina Cristã de São Pio X, e, já como bispo de Vila Real, promulgou, em 1924, o estatuto da Associação da Catequese, dando origem a uma nova ação paroquial neste campo”, sustentou.

Para o atual diretor do Departamento Diocesano da Educação Cristã o “Congresso da Catequese de 1925”, e a criação da “Associação da Catequese” foram marcos para a renovação da experiência crente em território transmontano.

“Este congresso teve repercussões nacionais. Existiram 17 comunicações, em diversas áreas, e seis delas foram proferidas por mulheres que eram eminentes catequistas na diocese. A Associação da Catequese, por seu lado, permitiu formar catequistas idóneos e uniformizar a transmissão do conhecimento das verdades da fé”, revelou.

 A longo da sua comunicação do responsável deu conta “da história da catequese no contexto europeu do século XX” e do modo “como a educação cristã, e a transmissão da fé na catequese” ajudaram a Igreja na sua missão.

“O século XX foi profícuo em produção pedagógica. O confronto sugeriu, na segunda metade do século XX, entre o paradigma neoescolástico, que estimulava uma uniformidade teológica e uma memorização mecânica dos textos e o método mais querigmático”, concluiu.

No próximo mês de maio o ciclo «Aprofundar as Raízes» vai refletir sobre o papel dos movimentos laicais na Diocese de Vila Real.

Educris|14.03.2021

Imagem: Arquivo Educris

 



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