«Esta é a hora de ser coprotagonista com Cristo», cardeal Tolentino Mendonça
Cardeal Português enviou mensagem, aos jovens portugueses, por ocasião da caminhada de preparação para a JMJ Lisboa 2022
«Jovem, Eu te digo, levanta-te!» é o tema da carta de D. José Tolentino Mendonça publicada pelo Patriarcado de Lisboa na celebração do Dia Diocesano da Juventude 2020.
Na carta, dirigida aos jovens portugueses, em particular aos que iriam a Roma para receberem os símbolos das JMJ, o Cardeal pediu aos mais novos para “não desarmarem” e agradeceu-lhes o seu testemunho em tempos de pandemia:
“Obrigado, queridos jovens, pelo vosso testemunho de Fé, pelo modo como tendes vivido este tempo em família; comunicando uns com os outros para não deixar ninguém só; cooperando com tantas iniciativas de voluntariado e de serviço aos que atravessam maiores dificuldades”.
A missiva é, de resto, o escrito da catequese que tinha previsto dirigir aos jovens portugueses que iam a Roma, centrada no tema anual de preparação das JMJ Lisboa 2022: “Jovem, Eu te digo, levanta-te!”
Nela o prelado afirma que “a Páscoa não é apenas uma comemoração de factos passados” e desafia os mais novos a serem, “sem medo”, verdadeiros “coprotagonistas com Cristo, porque Ele assim o deseja” e a viverem “apaixonados por esta verdade” como tem pedido o Papa Francisco.
Numa missiva, disponível no sítio do Patriarcado de Lisboa na internet, e que reflete o “tema que o Papa escolheu para 2020”, D. José Tolentino de Mendonça explicou que “elo comum aos três temas” [ndr: durante os três anos o jovem tem 1 tema anual] é o “verbo «Levantar-se».
“Este estabelece uma importante ligação à Páscoa de Jesus. «Levantar-se» não é apenas a descrição de um ato nosso, um gesto que, de tão repetido, se torna banal. Essa palavra significa também ressuscitar. E é esse o nosso horizonte”, explicitou.
Uma Páscoa que permanecerá na memória
No final da carta o cardeal afirma ser esta “uma Páscoa que recordaremos” e deixou o desafio.
“E há todas aquelas razões que se atropelam logo no nosso espírito: a pandemia, a quarentena, os vários confinamentos, a vida suspensa, as horas passadas no zoom, as igrejas fechadas, as celebrações por streaming, a solidão, a dor e a morte. Mas para um cristão não pode ser só isso”, sustentou.
“Por favor, queridos jovens, não deixem o vosso coração prisioneiro do confinamento. Esta não é uma hora para tornar o coração pequenino, mas para fazê-lo crescer. Este não é o momento para desistir de sonhar, mas é sim uma estação para os grandes sonhos. Este não é o tempo para deixar mirrar as nossas visões: este é o tempo para olhar os lírios do campo. O segredo da vida é este: amar. E o segredo do amor é só um: servir”.