Igreja: «Valor recorde em donativos» para a AIS

2021 foi ano de"recorde" de doações para a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS). "Os benfeitores portugueses voltaram a surpreender", revela responsável portuguesa

Catarina Martins de Bettencourt, diretora do secretariado nacional da Fundação AIS afirmou hoje que resultados das campanha de recolha de donativos obtidos no nosso país, revela uma generosidade ímpar dos portugueses.

“Os benfeitores portugueses da Fundação AIS voltaram a surpreender. Apesar da crise provocada pela pandemia do Coronavírus, a generosidade dos portugueses para com os cristãos perseguidos e a igreja que sofre em tantos lugares do mundo voltou a falar mais alto.”

No dia em que a Fundaçã pontíficia anuncia o valor mais alto de doações alguma vez atingido, na ordem dos 133 milhões de euros a nível mundial, a responsável portuguesa congratula-se "não só pelo apoio material que foi providenciado" como também "pela proximidade espiritual que se estabeleceu e desenvolveu ao longo do ano passado entre benfeitores e amigos portugueses da Ajuda à Igreja que Sofre e os cristãos em maior sofrimento em todo o mundo".

“Não se trata apenas da ajuda material às comunidades cristãs que mais sofrem, que são mais perseguidas e discriminadas, que conhecem no dia-a-dia o sabor amargo da pobreza, por vezes extrema, da falta de recursos na saúde, na educação, até na própria alimentação", sustenta.

Em relação a 2020 a AIS anuncia um acréscimo de 10 milhões de euros tendo o nosso país recolhido, em doações, aproximadamente 3 milhões e oitocentos mil euros.

O valor das doações foi, segundo a organização católica, utilizado para financiar 5298 projetos, em 132 países, priviliginado situações "onde a Igreja sofre mais perseguições ou onde a pobreza é mais extrema", o que significou um apoio directo a 1181 dioceses.

"Ou seja, uma em cada três dioceses em todo o mundo viu acontecer, durante o ano de 2021, algum projecto, alguma iniciativa com a marca da solidariedade da AIS", anunciam em comunicado.

Com 30,7% das ajudas, África foi a região prioritária o que "traduz a situação dramática que se vive em muitos países", principalmente nas regiões onde o terrorismo islâmico está a crescer e os cristãos são vítimas de perseguição e violência, por vezes brutal, como acontece por exemplo em Moçambique, Burkina Faso ou na Nigéria. Seguiu-se a Ásia, com 22,3 %, a Europa Central e Oriental, com 15,2% e o Médio Oriente com 16,9 por cento. A América Latina recebeu 14,8% da ajuda da Fundação AIS ao longo do ano passado.

As incertezas causadas pela pandemia global do coronavírus permitem realçar a enorme generosidade dos benfeitores da AIS em todo o mundo e isso reflectiu-se, por exemplo, no apoio dado à Igreja na Ucrânia, apoio que se multiplicou desde que a guerra começou em 24 de Fevereiro deste ano.

“Em 2021, tal como em anos anteriores, a Ucrânia foi um dos países que mais beneficiou com o financiamento da AIS”, completa Heine-Geldern, presidente executivo da AIS.

A Fundação AIS está presente com secretariados em 23 países – um dos quais é Portugal – tendo, no conjunto, mais de 347 mil benfeitores.
Quase 70% da população mundial não pode exercitar livremente a sua fé. O direito fundamental da liberdade religiosa não é garantido em pelo menos 62 países. Mais de 400 milhões de cristãos vivem em países onde a discriminação e a perseguição são a realidade do dia-a-dia. Em muitos destes países, a ajuda da Fundação AIS é o único apoio para a subsistência da Igreja e das comunidades cristãs.

Educris|16.06.2022



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