COP26: «Deceção e esperança», a reação à Cimeira do Clima

Católicos de todo o mundo revelam a deceção com os acordos alcançados, mas estão esperançosos

A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas terminou há poucos dias, após quase duas semanas de negociações entre lideranças e reivindicações da sociedade. O Acordo Final da COP26 foi tornado público, causando deceção entre os católicos de todo o mundo que estiveram presentes em Glasgow e levantaram a voz em nome da nossa casa comum participando em mobilizações, encontros e iniciativas inovadoras.

Quando o documento final foi conhecido, o diretor executivo do Movimento Laudato Si', Tomás Insua, disse que “os líderes mundiais mais uma vez ficaram aquém do que o Papa Francisco e muitos outros esperavam da cúpula da ONU em Glasgow. O acordo final não está próximo de ajudar a resolver a crise climática que vivemos. É ultrajante."

Para o responsável o positivo da cimeira encontra-se fora da mesa das negociações onde “as muitas marchas, encontros e atividades” mostraram que “o movimento global para cuidar da nossa casa comum é mais forte do que nunca e não vai parar”.

“Estou certo que com parceiros de todo o mundo, este movimento continuará o trabalho urgente de salvar a Criação de Deus”, concluiu.

Também a Santa Sé manifestou, através da divulgação de um comunicado, a sua esperança num acordo com "um roteiro claro" para preencher as lacunas que surgiram nas áreas de mitigação, adaptação e financiamento, aspetos fundamentais que devem ser tratados, reforçados e renovados a fim de atingir os objetivos do Acordo de Paris.

Mais de 60 organizações católicas, incluindo o Movimento Laudato Si', emitiram uma declaração conjunta, no passado dia doze de novembro, onde expressaram que "uma economia extrativa e insustentável, alimentada por combustíveis fósseis, está a causar a crise climática e isso leva à destruição da criação de Deus, prejudicando os mais vulneráveis”.

Na missiva os responsáveis apelaram a medidas essenciais que acelerem o investimento num futuro de energia limpa para todos.

Educris|19.11.2021



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