Papa reza pelas famílias em contexto de pandemia (C\vídeo)

Francisco assinalou «Dia Internacional da Família» que hoje se celebra em todo o mundo

“Hoje é o Dia Internacional da família. Oremos pelas famílias, para que o Espírito do Senhor, o espírito de amor, respeito e liberdade, possa crescer nas famílias”, rezou o papa no início da eucaristia desta manhã, no Vaticano.

Na sua homilia, e tomando para meditação o trecho do livro dos Atos dos Apóstolos hoje proposto pela liturgia, o papa lembrou “tempos de paz e de perseguição” nas primeiras comunidades.

“A Igreja dos primeiros tempos teve momentos de paz, em que o Espírito Santo se difundia, e tempos de fortes perseguições como no caso de Estevão ou de Paulo”, constatou.

Para Francisco os “tempos de perturbação” aconteceram, não poucas vezes pelo confronto entre os cristãos que “haviam vindo do paganismo” e os outros “que vinham do judaísmo”.

“Muitas vezes os cristãos que vinham do paganismo interrogavam-se se não seriam cristãos d segunda classe. Estavam perturbados com as diferentes exigências dos que procediam do judaísmo”, afirmou.

O papa lembrou que “alguns eram metódicos” e outros “rígidos” com argumentos “pastorais, teológicos e alguns até morais” que “questionava a liberdade do Espírito Santo”.

Francisco criticou os “dogmáticos” que “veem a religião como um conjunto de prescrições rígidas” pois isso não “vem do Espírito, da gratuidade da redenção, a gratuidade da ressurreição de Cristo”.

“Onde há rigidez, não há Espírito de Deus, porque o Espírito de Deus é liberdade. E essas pessoas queriam dar passos, tirando a liberdade do Espírito de Deus e a gratuidade da redenção”, apontou.

A gratuidade da salvação: a liberdade do Espírito Santo

Perante os “desacordos” entre a comunidade nascente o Papa lembrou que tudo ficou sanado “com um concilio do qual resulta uma carta” que expressa a diferença entre “o cristianismo e o paganismo” e que leva “da perturbação à alegria”.

“O espírito de liberdade evangélica leva-vos à alegria, porque foi precisamente isto que Jesus fez com a sua ressurreição: Ele trouxe alegria! É gratuito, tal como é gratuita a relação de Jesus com os discípulos. «Sois meus amigos» (Jo 15, 14). «Não vos chamo servos, chamo-vos amigos» (cf. v. 15). «Não fostes vós que me escolhestes, mas fui Eu que vos escolhi» (v. 16). Tal é a gratuidade”, concluiu.

No final o papa rezou pedindo ao Senhor “que nos ajude a discernir entre os frutos da gratuidade evangélica e os frutos da rigidez não evangélica, e que nos liberte de toda a perturbação daqueles que colocam a fé, a vida de fé sob as prescrições da casuística, as prescrições que não têm sentido e tiram a liberdade”, concluiu.

Educris|15.05.2020



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