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O Museu de Arte Popular (MAP) é o primeiro museu português a apresentar uma concepção integralmente moderna, ocupando um singular estatuto enquanto testemunho da História recente de Portugal e da Europa. Apresenta um discurso expositivo muito próprio, do qual se destaca o design modernista, as soluções cenográficas, o diverso mobiliário expositivo e a decoração mural, em todas as suas salas.

Projectado pelos arquitectos Veloso Reis Camelo e João Simões como pavilhão da Secção da Vida Popular, edificado em 1940 para a Exposição do Mundo Português, o edifício viria a ter, em 1942, o primeiro projecto de adaptação a museu, realizado por Veloso Reis Camelo sob a direcção do etnógrafo Francisco Lage mas, a concretização da ideia só seria realizada anos mais tarde, em 1945, com o novo projecto do arquitecto Jorge Segurado, transformando o anterior pavilhão no futuro Museu de Arte Popular. As decorações parietais e a estatuária do exterior do edifício, hoje em número reduzido face à profusão decorativa para a Exposição do Mundo Português, estão atribuídas a Barata Feyo, Júlio de Sousa e Adelina de Oliveira.

As soluções decorativas do museu apresentam continuidade temática e cenográfica com os grandes certames internacionais em que Portugal participou, no período em que António Ferro esteve à frente do S.P.N./S.N.I., assim como com os

trabalhos desenvolvidos pela equipa de decoradores em actividade neste período, plasmados nos murais das diversas salas do museu, da autoria de TOM, Manuel Lapa, Paulo Ferreira, Estrela de Faria e Carlos Botelho e no acervo fotográfico de Mário Novais e de Horácio Novais, entre outros.

O museu, que inicialmente teve a designação de Museu do Povo Português, inauguraria a 15 de Julho de 1948, com a designação de Museu de Arte Popular. Apresentando novas soluções, com a entrada a norte, de menor fôlego que os pórticos do antigo pavilhão,

dava assim voz ao programa que Francisco Lage traçara, delineando um percurso com início na nova entrada, a norte, e saída a poente, pela sala do “Alentejo e Estremadura”.

O seu discurso expositivo denotava um especial cuidado na apresentação das colecções, organizadas ao longo de cinco salas (“Entre-Douro-e-Minho”, “Trás-os-Montes”, “Algarve”, “Beiras”, “Alentejo e Estremadura”) de acordo com as cinco regiões administrativas do país, e um forte sentido decorativo moderno, cenográfico e festivo. O acervo exposto, reunido pela equipa de etnógrafos e de artistas em funções durante o processo de criação do Museu, distribuía-se de acordo com um programa de valorização das identidades regionais da arte popular portuguesa.

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