Timothy Radcliffe nasceu em 1945, em Londres, foi educado no St. John’s College, tornando-se frade dominicano em 1965. Entre 1982 e 1992 foi prior Provincial de Inglaterra e presidente da Conferência dos Superiores Religiosos de Inglaterra, acumulando com a lecionação de sagrada escritura na Universidade de Oxford.

Em 1992 foi eleito Mestre Geral da Ordem dos Pregadores (Dominicanos). Em 2001, terminado o cargo de Mestre Geral, voltou à lecionação na Universidade.

Escritor de méritos reconhecidos, publicou diversos livros de espiritualidade e de reflexão sobre os desafios da vida contemporânea.

Este livro começa com uma anedota:

“Certo domingo, a mãe acordou o filho com uma sacudidela e disse-lhe que estava na hora de ir para a igreja. Sem resultado. Dez minutos mais tarde, insistiu:

- Sai imediatamente da cama e vai para a igreja.

- Ó mãe, não me apetece! É tão aborrecido! Porque é que hei-de chatear-me?

- Por duas razões: sabes muito bem que deves ir à igreja ao domingo e, em segundo lugar, és o bispo da diocese”.

Para muitos de nós, ir à igreja, à missa, é uma coisa aborrecida, chata, seca e inútil. Porquê incomodar-se? Timothy Radcliffe sugere que a Eucaristia atua a um nível profundo, transformando a nossa humanidade, para partilharmos a vida de Deus.

A tese deste livro é: “O nosso «sim» ao Corpo de Cristo transforma o modo como pertencemos uns aos outros e, por conseguinte, quem somos”.

O autor

ilustra a sua obra, dividida em três grandes partes sobre a fé, a esperança e o amor (Liturgia da Palavra, a Oração Eucarística e a Comunhão), com pequenos casos pessoais; trechos de romances; de poemas; e alusões a filmes, tornando esta obra um excelente recurso para o mundo em que vivemos, excelente para um diálogo cultural.

Escutar as leituras, a homilia e o credo faz-nos atravessar as crises e os desafios da fé. Desde o Ofertório até ao fim da Oração Eucarística, vemo-nos enredados na esperança que foi a de Cristo em plena Sexta-Feira Santa. Desde o Pai-nosso até sermos enviados para a nossa vida de cada dia, sobretudo ao recebermos a Comunhão, somos constituídos como pessoas capazes de amor.

Este livro é sobre o ir à Missa. A Missa “representa o drama fundamental de toda a existência humana. Forma-nos como pessoas que creem, esperam e têm caridade”.

Ir à igreja, porquê?

Autor: Timothy Radcliffe

Editora: Paulinas

Ano: 2010

Páginas: 296

978-989-673-104-5