A história da arte só pode basear-se na mais elevada e completa concepção da arte. O progresso cronológico e psicológico da humanidade na arte somente pode ser exibido mediante o contacto com os mais perfeitos objectos que o homem tem sido capaz de produzir. A arte foi de início uma atividade limitada, ocupada com a seca e magra imitação tanto do significante como do insignificante. Desenvolveu-se, então, uma sensibilidade mais delicada e atraente pela natureza, e, finalmente, conhecimento, regularidade, força e seriedade foram acrescentados de tal modo que, favorecida pelas circunstâncias, a arte elevou-se às alturas, até que afinal se tornou possível para o génio afortunado, munido de tudo isso, produzir o encantador e o perfeito. Infelizmente, porém, as obras de arte que proclamam
Johann Wolfgang von Goethe, in "Propylaen - Introdução"