Francisco apelou à solidariedade da comunidade internacional, numa iniciativa que conta com a presença do secretário de Estado do Vaticano ao Líbano
Um mês após os trágicos acontecimentos de Beirute, capital do Líbano, o Papa Francisco convocou a comunidade internacional a “um dia universal de oração e jejum pelo Líbano” marcado para esta sexta-feira, 4 de setembro e confirmou o envio de um dignitário do Vaticano para a região, em seu nome, que vai “acompanhar a população”.
“Dirijo-me aos habitantes de Beirute, duramente atingidos pela explosão: recuperai a coragem, irmãos! Que a fé e a oração sejam a vossa força. Não abandoneis as vossas casas nem o vosso património, não deixeis esvaecer os sonhos daqueles que acreditaram no futuro de um país belo e próspero”, afirmou o papa no final da audiência-geral desta quarta-feira.
Para além do momento de jejum e oração pela situação “dramática que Líbano atravessa” Francisco anunciou a intenção de enviar o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, ao Líbano para “expressar a minha proximidade e solidariedade”.
Aos governantes do Líbano e da comunidade internacional Francisco fez questão de recordar as palavras do Papa São João Paulo II que afirmou que este país do médio oriente “representa algo de muito mais, é uma mensagem de realidade”, sendo “um exemplo para o oriente e para o ocidente” não se podendo permitir que “este património seja esquecido”.
Convidando os cristãos e os “irmãos e irmãs de outras tradições religiosas a associarem-se a esta iniciativa”, o Papa pediu “aos políticos e líderes religiosos” um compromisso sincero e transparente “no trabalho de reconstrução, deixando de lado os interesses partidários e olhando para o bem comum e para o futuro da nação”.
Aos bispos, sacerdotes, consagrados/as, leigos, exortou a que “continuem a acompanhar os fiéis” e aos bispos e padres “zelo apostólico, pobreza, nada de luxo” e que “deem o exemplo de pobreza e de humildade” com um povo que “está a sofrer”.
Educris|03.09.2020
Imagem: vaticannews.va