Covid-19: Papa reza pelos professores e alunos (C/Vídeo)

Papa lembrou papel dos professores e dos alunos nesta pandemia e lembrou que “o coração do pastor” é o centro da pastoral e não “as estruturas”.

“Rezemos hoje pelos professores que têm de trabalhar muito para dar aulas através da Internet e de outros canais de comunicação social, e oremos também pelos alunos que devem fazer os exames de uma maneira com a qual não estão habituados. Acompanhemo-los com a oração, pediu o papa no início da eucaristia a que presidiu no Vaticano.

Na sua homilia, Francisco, tomou o trecho do evangelho do dia, que aborda o milagre da multiplicação dos pães, para recordar o modo como “Jesus ensina os seus discípulos”.

“A frase deste trecho do Evangelho faz-nos pensar: «Mas falava assim para o experimentar, pois bem sabia o que havia de fazer» (Jo 6, 6). Aqui vemos a atitude de Jesus para com os apóstolos. Colocava-os continuamente à prova para os ensinar e, quando se afastavam da função que deviam desempenhar, detinha-os e ensinava-os”, afirmou na missa transmitida pelos serviços de comunicação do Vaticano.

O papa recordou que “Jesus amava estar no meio da multidão” em claro contraponto “com os discípulos”.

“Uma das coisas que Jesus mais amava era estar com a multidão, porque este é também um símbolo da universalidade da redenção. E uma das coisas que os apóstolos não apreciavam era a multidão, porque preferiam estar perto do Senhor, ouvir tudo o que o Ele dizia”.

Para o papa a primeira tentação dos apóstolos passava por se considerarem “quase como um círculo privilegiado, uma classe privilegiada, uma ‘aristocracia’, digamos assim, perto do Senhor, que os corrigia muitas vezes com gestos”, daí a sua dificuldade perante a multidão.

Francisco explicou que também hoje “é natural que o povo de Deus faça cansar o pastor”, mas é fundamental “ter a consciência de que um bom pastor deve ocupar-se de coisas concretas”.

Perante o desespero dos apóstolos, “que queriam mandar embora aquela gente”, o papa convidou os fiéis a pensarem no comportamento de Jesus.

“Mas o que pensavam? [ndr: os apóstolos] Pelo menos para celebrar a sós, aquele egoísmo não malvado, mas compreende-se, para estar com o pastor, com Jesus, que é o grande Pastor, mas para os testar Jesus responde: «Dai-lhes vós mesmos de comer» (cf. v. 13)”.

Como segunda tentação dos pastores Francisco apontou “a tentação do poder”.

“O poder do pastor é o serviço, ele não tem outro poder e quando comete um erro ao tomar outro poder danifica a sua vocação e torna-se, talvez, gestor de empreendimentos pastorais, mas não pastor. A estrutura não faz pastoral: é o coração do pastor que desempenha o trabalho pastoral. E o coração do pastor é o que Jesus nos ensina agora”.

No final o papa rezou pedindo ao Senhor pelos pastores da Igreja, para que fale sempre com eles, porque os ama muito nos faça não ter medo”, concluiu.

Educris|24.04.2020



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