Covid-19: Papa reza pelos «sem abrigos», que vivem escondidos neste tempo de dor (C/Vídeo)

Francisco apresentou a «eleição, promessa, aliança» como as “três dimensões da vida cristã”

“Estes dias de dor e tristeza evidenciam muitos problemas ocultos. Hoje, no jornal, há uma foto que rasga o coração: muitos sem abrigo de uma cidade colocado num estacionamento, sob observação ... hoje existem muitos sem teto”, afirmou o Papa nesta manhã no início da eucaristia a que presidiu na casa de Santa Marta no Vaticano.

 Na ocasião Francisco rezou pedindo a “Santa Teresa de Calcutá que desperte em nós o sentido de proximidade com tantas pessoas que vivem na sociedade, numa vida normal, mas que, como os sem-teto, no momento da crise, vivem escondidos”, apelou numa transmissão online dos serviços de comunicação do Vaticano.

Três dimensões da vida cristã: Eleição, Promessa, Aliança

Na sua homilia, e tomando para meditação o salmo proposto pela liturgia de hoje o Papa começou por lembrar que “Deus nunca se esquece da sua aliança” e apresentou um percurso, desde o livro dos Génesis até à Carta aos hebreus, com estas dimensões:

“O Senhor lembra-se sempre da sua aliança. Ele nunca a esquece a não ser quando perdoa. Vemos, muitas vezes, como a sua lealdade é memória como no caso de Abraão que é um eleito de Deus. Nele a eleição torna-se promessa e depois uma aliança”, sustentou o Papa.

“A eleição, a promessa e a aliança são as três dimensões da vida da fé, as três dimensões da vida cristã. Cada um de nós é um eleito, ninguém escolhe ser cristão entre todas as possibilidades que o ‘mercado’ religioso lhe oferece, é-se eleito”, afirmou Francisco.

Para o Papa “na eleição” de cada um “há uma promessa que é de esperança” acompanhado por um “sinal de fecundidade”.

“Fomos eleitos, o Senhor fez-nos uma promessa, agora pede-nos uma aliança. Uma aliança de lealdade. É-se cristão se se diz sim à eleição que Deus fez de cada um, se se cumpre as promessas que o Senhor fez e se vive em aliança com o Senhor: esta é a vida cristã”, apontou.

Francisco recordou, ainda que “os pecados do caminho são sempre contra estas três dimensões: não aceitamos a eleição e ‘elegemos’ muitos ídolos, muitas coisas que não são de Deus”.

No final da sua homilia o Papa rezou pedindo a graça, para cada um, da “consciência da sua eleição, alegre por caminhar através de uma promessa e fiel em cumprir a aliança”.

Educris|02.04.2020



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