Alemanha: Dezenas de Igrejas atacadas e incendiadas

No espaço de apenas 60 dias, entre o início do mês de Abril e o início do corrente mês de Junho, registaram-se 30 incidentes em igrejas na Alemanha, segundo o Observatório sobre Intolerância e Discriminação contra cristãos

Assaltos, roubos e incêndios intencionais são algumas das situações constantes no relatório publicado agora por este Observatório e que podem traduzir “falta de respeito” pelos lugares de culto neste país.

“Às vezes, a invasão de um local ou um assalto são motivados simplesmente por dinheiro”, pode ler-se no relatório. “No entanto, o efeito desses incidentes deve ser motivo de preocupação. Ao optar por atacar as igrejas, vândalos e ladrões mostram uma profunda falta de respeito, se não ódio, por lugares de culto”, ressalta o documento citado por diversas agências de notícias.

Entre os incidentes mais graves relatados pelo Observatório, constam o incêndio na igreja de São Nicolau, em Ankum, provocado por alguns jovens e que ficou registado nas imagens das câmaras de segurança.

Este incêndio deflagrou no primeiro dia de Junho, mas antes, a 19 de Maio, ocorreu outro incidente grave. Então, desconhecidos apedrejaram uma janela da Igreja Católica da Santíssima Trindade, em Grossholbach, tendo de seguida invadido o templo, vandalizando o espaço e roubando inclusivamente alguns objectos sagrados. Anteriormente, a 14 de Abril, também a igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Dillenburg, foi palco de assalto.

Estes incidentes vêm revelar uma tendência de hostilidade para com as comunidades cristãs na Europa. Já no ano passado, em Maio, no Relatório anual publicado pelo Observatório sobre a Intolerância e Discriminação contra os Cristãos, registavam-se mais de 500 casos de intolerância.

Ellen Fantini, Diretora Executiva do Observatório, assinalava então que os casos reportados são exemplo da hostilidade que os cristãos têm de enfrentar diariamente. Nesse relatório de 2018, nos 500 casos reportados de intolerância estão incluídos 155 crimes de ódio contra os cristãos em 18 países europeus.

Segundo Fantini, existe uma crescente intolerância para com os cristãos no Velho Continente. “Cada vez mais, vemos negócios administrados por cristãos financeiramente arruinados, cristãos que foram obrigados a escolher entre os seus valores morais e as suas profissões, grupos de estudantes cristãos silenciados nos campus universitários e interferência excessiva dos governos nos direitos dos pais”, advertiu ainda esta responsável na apresentação, no ano passado, do Relatório do Observatório sobre a Intolerância e Discriminação contra os Cristãos.

Educris| 25.06.2019



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