Vaticano: Um Jejum «simples mas coerente»

Papa Francisco pediu «coerência no jejum» evitando um jejum fingido para ser visto mas realizando um verdadeiro jejum disfarçado pelo sorriso que chegue a todos.

Na homilia desta manhã, proferida durante a eucaristia a que presidiu na Casa de Santa Marta, no Vaticano, o Papa chamou a atenção para “um jejum incoerente” e exortou os fiéis a “questionarmo-nos sobre o modo como nos comportamos com os outros”.

Tomado a primeira leitura, retirada do livro do profeta Isaías, Francisco, convidou os crentes a atentarem nas palavras do profeta que enumera “incoerências na prática do jejum”:

“Cuidar dos próprios interesses, do dinheiro, em vez do despojamento, do fazer penitencia em paz. Não pode, de um lado, falar com Deus e, de outro, falar com o diabo, porque é incoerente”, advertiu Francisco citado pelo Osservatore Romano.

Para o Papa o essencial “é fazer um jejum verdadeiro” que leve a “quebrar as cadeias injustas, desligar as amarras do jugo, tornar livres os que estão detidos, enfim romper todo tipo de sujeição” porque “o jejum que o Senhor quer consiste em partilhar o pão com o faminto, no acolher em casa os miseráveis, sem-teto e em vestir os nus”.

No final Francisco rezou:

“O meu jejum chega a ajudar os outros? Se não chega, é fingido, é incoerente e leva pelo caminho da vida dupla. Faço de conta ser cristão, justo.... como os fariseus, como os saduceus. Mas, por dentro, não o sou. Peçamos humildemente a graça da coerência. A coerência. Se eu não posso fazer algo, não a faço. Fazer somente aquilo que eu posso fazer, mas com coerência cristã. Que o Senhor nos dê esta graça”.

Educris|16.02.2018

 



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