Egito: Inaugurada Igreja dedicada aos 21 mártires coptas degolados

Foi inaugurada ontem, dia 15 de Fevereiro, uma igreja no Egipto dedicada aos 21 cristãos coptas decapitados por terroristas do auto-proclamado Estado Islâmico numa praia da Líbia em 2015.

A construção deste templo teve início logo em Abril desse ano, com o apoio do governo egípcio. A igreja foi erguida na cidade de Our, perto da aldeia de Samalot, na província deMinya, de onde eram originários quase todos estes cristãos que se encontravam a trabalhar na Líbia quando foram sequestrados pelos jihadistas em Dezembro de 2014.

Segundo a agência de notícias Fides, os familiares dos cristãos assassinados deverão participar na cerimónia de inauguração.

A data escolhida para a inauguração deve-se ao facto de o Papa copta Tawadros II ter decidido inscrever – acrescenta ainda a Fides – “os 21 cristãos no livro dos mártires da Igreja Copta” tendo estabelecido que “a sua memória se celebre neste dia”.

Os jihadistas transformaram o assassinato destes 21 cristãos, recorde-se, num acto de propaganda ao terror, filmando a execução e enviando uma “mensagem assinada com sangue à nação da cruz”.

O Bispo copta católico de Guiza, no Egipto, D. Anba Antonios Aziz Mina, recordou, citado pela AciDigital, “que estas novas vítimas do ISIS (os jihadistas do auto-proclamado Estado Islâmico) morreram como mártires”, acrescentando que “o nome de Jesus foi a última palavra que saiu dos seus lábios”.

“Assim como na paixão dos primeiros mártires, confiaram-se nas mãos daquele que logo ia recebê-los. E assim – acrescentou o Prelado – celebraram a sua vitória, a vitória que nenhum assassino poderá lhes tirar. Esse nome sussurrado no último momento é como o selo de seu martírio.”

A inauguração desta igreja dedicada aos 21 mártires, faz lembrar que o Egipto é, de facto, um país que tem estado na mira dos radicais islâmicos e que a comunidade cristã é um dos seus principais alvos.

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), através do director do secretariado italiano, Alessandro Monteduro, considera que a inauguração desta Igreja é um testemunho impressionante do "vigor e da beleza da fé dos cristãos coptas do Egipto que, apesar dos ataques, apesar do terror criado pela acção dos grupos fundamentalistas islâmicos, não deixaram de se reunir nas igrejas."

Educris|16.02.2018



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