Papa Francisco: «A insensatez conduz à corrupção»

Na manhã desta terça-feira o Papa Francisco celebrou a eucaristia na casa de Santa Marta, no Vaticano. Na sua homilia o Papa afirmou que "o caminho da insensatez leva à corrução".

Tomando, como ponto de partida da sua meditação o termo "insensato", que aparece no evangelho e na carta aos romanos Francisco acrescentou a mesma palavra recordando a mesma palavra dirigida por Paulo aos Gálatas:

"Ser insensato, neste contexto, é deixar-se enganar por novas ideias, encantar pelas ideologias, e, por isso, estamos perante uma condenação".

O papa apresentou, em seguida, "três grupos de insensatos":

"O primeiro grupo são os que se assemelham a sepulcros bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos e de podridão. Corruptos". O segundo gurpo pertence aos narrados pela leitura do apóstolo Paulo aos romanos. Paulo apelida-os de insensatos porque "trocaram a glória de Deus incorruptível com uma imagem e uma figura de homem corruptível, de pássaros, de quadrúpedes... Por isso Deus os abandonou à impuridade, segundo os desejos do seu coração".

Neste dois casos de insensatez Francisco convidou os crentes a meditarem sobre esta verdade que "não é do tempo mais antigo" mas que está presente na atualidade através da " idolatria do consumismo; de procurar um deus cómodo", susnetou.

UM terceito caso de insensatez apresentou o papa a partir do texto da carta aos Gálatas: "A corrução pelas pelas ideologias. Estes deixaram de ser cristãos para se tornarem ideólogos do cristianismo".

"Todas as categorias terminam na corrupção devido à insensantez".

Francisco questionou, em seguida o modo como se atinge a insensatez que conduz à corrupção. Para o Papa o primeiro passo para a insensatez é o "não ouvir, o não escutar a Palavra. O insesato não ouve. Age por si mesmo. Deste modo a a palavra de Deus não pode entrar no coração e não tem lugar para o amor".

Por fim Francisco exortou a dar um passo ulterior, isto é, "assim como os ícones dos santos fazem tão bem", hoje deveríamos "olhar para o ícone dos insensatos. Há cristãos insensatos e até pastores insensatos: aqueles que Santo Agostinho repreende com vigor. Porque a insensatez dos pastores prejudica o rebanho: quer a insensatez do pastor corrompido, a insensatez do pastor satisfeito consigo mesmo, pagão, quer a insensatez do pastor ideólogo", apontou.

No final o Papa convidou os cristãos a contemplarem o icone que é o próprio "Senhor que está sempre à porta: bate à porta e espera":

"Deus sente saudades de nós. Dos nossos passos, da nossa juventude, do tempo de amor connosco", terminou.

Educris com Osservatore Romano

Educris|17.10.2017