Faleceu o cónego João Seabra

Missa Exequial celebra-se na Sé de Lisboa,  na próxima segunda-feira

O cónego João Seabra, sacerdote do Patriarcado de Lisboa dedicado à educação faleceu ontem, dia 3 de junho, aos 72 anos de idade, informou o Patriarcado de Lisboa, em comunicado.

A partir de ontem, sábado, o corpo do padre João Seabra vai estar vai estar em câmara-ardente no Colégio de São Tomás, na Quinta das Conchas, em Lisboa. Entre as muitas notas de pesar pelo falecimento do sacerdote, o presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, recoda um “grande amigo” e uma referência para a vida da Igreja Católica no país.

“Poucas figuras da Igreja portuguesa das últimas décadas foram tão carismáticas, enérgicas e interventivas como o Pe. João Seabra”, escreve Marcelo Rebelo de Sousa.

“Dele se disse que foi o melhor bispo que nunca tivemos. Homem da fé e da razão, da ação e do pensamento, mostrou-se sempre incansável na defesa não apenas das suas convicções, mas da verdade cristã que professava, apostado na formação dos jovens, defensor da necessidade de dar testemunho e de não temer ir contra a corrente”, refere o texto divulgado pela Presidência da República.

"Foi também um sacerdote, colega e grande amigo com quem muito convivi, desde os 12 anos, que estimei, em especial nos anos turbulentos da mudança de regime, e cujo percurso e personalidade marcantes nunca deixei de acompanhar”, recordou.

Nascido em Lisboa a 14 de setembro de 1949, João Maria Félix da Costa Seabra licenciou-se pela Faculdade de Direito de Lisboa e entrou para o Seminário dos Olivais em 1973. Fez a licenciatura em Teologia, na Universidade Católica Portuguesa, e a licenciatura em Direito Canónico, na Universidade de Salamanca; foi ordenado a 5 de novembro de 1978, pelo cardeal D. António Ribeiro, e celebrou Missa Nova no dia 12 de novembro desse ano, na Igreja de Santa Isabel, a sua paróquia.

Doutor em Direito Canónico pela Pontifícia Universidade Urbaniana, foi cónego da Sé Patriarcal de Lisboa e diretor do Instituto Superior de Direito Canónico, da UCP, recorda a nota do Patriarcado de Lisboa.

Foi capelão da Universidade Católica, pároco em Santos-o-Velho e na igreja de Nossa Senhora da Encarnação, no Chiado; foi, ainda, defensor do vínculo do Patriarcado, assistente nacional do movimento Comunhão e Libertação e acompanhou as Equipas de Casais e de Jovens de Nossa Senhora.

Ligado, desde a primeira hora, às questões educativas, foi presidente da associação educativa que possuiu o Colégio de São Tomás, em Lisboa, e o Colégio São José do Ramalhão, em Sintra.

Em janeiro de 2019, o presidente da República Portuguesa condecorou o cónego João Seabra com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, numa cerimónia que decorreu no Palácio de Belém.

Em 2017 o cónego João Seabra participou numa formação da Escola Católica, contribuindo com uma reflexão subordinada ao tema «Como é que a Escola Católica responde aos desafios da educação hoje».

Recorde as palavras do padre João Seabra.

Imagem: Patriarcado de Lisboa

Educris|04.06.2022

 



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