Algarve: «Professor da minha vida» homenageia docente de EMRC

Paula Frazão leciona a disciplina há 24 anos em São Brás de Alportel

O jornal Sambrasense, de São Brás de Alportel, homenageia, na edição escrita desta semana, a professora de Educação Moral e Religiosa Católica Paula Frazão que “marcou a vida de muitos habitantes de São Brás de Alportel ao longo de 24 anos de lecionação da disciplina de EMRC”, revela a jornalista Isa Vicente.

Numa “extensa entrevista de vida” a docente revela episódios da sua vida pessoal e profissional recuando “aos primórdios da lecionação” e ao modo como encara o enino como “uma vocação”.

“Comecei a dar aulas de EMRC a pedido do então bispo do Algarve D. António Madureira Dias. Estávamos em 1994 e eu nem sequer tinha a habilitações para tal uma vez que tinha concluído o 12º ano”, confidencia.

O “bichinho da EMRC” foi crescendo e a docente, natural do Pé da Pedreira, no concelho de Santarém, foi-se afeiçoando às “gentes e aos alunos” que a tratavam “como uma delas, uma mais velha” e continuou a estudar.

“Fui fazer psicologia clínica numa altura difícil para mim. Estagiei na Câmara Municipal de S. Brás de Alportel e ajudei muita gente, mas a EMRC estava sempre presente”, esclarece.

A professora sustenta que o “querer ser professora” teve a ver com a sua experiência como aluna.

“A professora Alzira Santos foi uma das grandes responsáveis por eu querer ser professora e, de EMRC em particular. Queria que os meus alunos sentissem nas minhas aulas, aquilo que eu senti quando estava nas aulas dela, acolhimento, desabafo, partilha, vontade da próxima aula”, lembra.

A docente considera que a EMRC é “uma pedra basilar na educação e formação dos alunos de forma plena” pois os objetivo e conteúdos propostos “permitem ao aluno ter várias perspetivas do mesmo tema” ajudando a desenvolver “a capacidade de reflexão, a capacidade de se questionarem, de serem críticos, fazerem a introspeção que lhes permite conhecerem-se melhor e aos outros também”.

Educris|26.11.2020