Formação: “Os presos são seres humanos que precisam voltar a sentir-se amados”
No final da tarde Cláudia Assis Teixeira, presidente da Direção da Associação Fostes Visitar-me, ligado à Companhia de Jesus, apresentou o trabalho desta associação na diocese do Porto.
Na sua partilha apresentou a associação que conta com “cerca de trinta voluntários” que tentam, nas várias cadeias visitadas, “criar espaços de não cadeia” onde se possa começar a “re-humanização de homens e mulheres que estão no final da linha da sociedade” e que necessitam voltar a sentir-se “amados pois cada homem é maior do que o seu erro”.
“Estes homens e mulheres que visitamos não são melhores nem piores que nós, como nos dizia Santo Agostinho: «não há crime nenhum que o outro tenha cometido que tu não possas cometer»”.
Para a presidente da Associação a visita procura “tratar o outro como pessoa e não como alguém que cometeu algum crime”:
“Temos que olhar para o potencial do ser humano que ali está e perceber, sem paternalismos ou falsos moralismos, que muitos e muitas destes homens e mulheres foram abandonados pela sociedade sendo, na sua grande maioria, populações embrutecidas pela falta de acesso ao estudo, a uma vida estável e à cultura”.
Em parceria com o Secretariado Diocesano do Ensino da Igreja nas Escolas (SDECIA) esta associação levou a árvore da misericórdia até às cadeias do Porto. O resultado foi apresentado na ação de formação de EMRC.
Ouça toda a conferência em anexo.
Recursos: Áudio: «Todo o Homem é maior que o seu erro; A vida nas prisões»