Alunos da Secundária José Estevão no Encontro Ibérico de Taizé no Porto

No Carnaval de 2010, entre 13 e 16 de Fevereiro, trinta alunos de Educação Moral e Religiosa Católica da Escola Secundária de José Estêvão de Aveiro participaram no Encontro Ibérico de Taizé no Porto, para procurar juntos as fontes da alegria através:

  • de uma experiência de hospitalidade proporcionada pelas famílias da Invicta;
  • da beleza de uma comunhão com Deus celebrada em orações comunitárias;
  • da descoberta de iniciativas que visam dar um rosto mais humano à sociedade;
  • do encontro com jovens vindos de horizontes muito diversos;
  • da reflexão bíblica e sobre a relação da fé com temas sociais, culturais ou artísticos;
  • de uma vivência concreta em Igreja, em espírito de simplicidade, partilha e acolhimento.

Ficam alguns testemunhos...

"...De facto este encontro não foi uma semana em Taizé, mas consegui descobrir as fontes da Alegria, consegui (re)viver a minha fé e trazer força para casa! As pessoas com quem convivi diariamente mostraram-me, até com os mais pequenos gestos, que Deus é grande, que Deus é amor, partilha, alegria e comunhão! Foi óptimo ver a disponibilidade das famílias de acolhimento, que mudaram os seus hábitos diários, para acolher jovens desconhecidos, e que faziam, por vezes mais do que podiam, para que nós nos sentíssemos acolhidos! Foi óptimo ver os frutos de dias de trabalho árduo, e muito poucas horas de sono, da parte das paróquias, dos seus jovens e colaboradores! Foi óptimo, pela primeira vez, rezar (quase) todos os cânticos na nossa língua, e rezá-los com certeza do que estávamos a dizer! Foi óptimos ver a alegria e felicidade nos olhos dos que participaram! Foi óptimo mais uma vez partilhar esta nossa Fé com os outros!

Este encontro foi de facto uma peregrinação de confiança, confiança em Deus, confiança em nós e confiança nos outros. Que sejam sempre feitos encontros desta grandeza, porque nunca são de mais, não cansam nem nunca nos vão desiludir."( Joana Teixeira)

"... O espírito de partilha, tento andar sempre com ele amarrado ao coração. Não vou esquecer as famílias que nos acolheram porque a Paula, que foi a minha "mãe" durante estes quatro fantásticos dias, e a Helena, que foi a "mãe" dos meus dois amigos que também estiveram no encontro, eram irmãs, o que nos permitiu estar mais tempo juntos. Aproveito para agradecer a todos os que nos receberam. Em especial à Sofia, a minha "prima" e "irmã" deles, por nos ter aturado e ter tido paciência para nós. O encontro de Taizé é algo que se pode repetir a qualquer altura do ano e em qualquer parte. Felicidade foi, de facto, o que encontrei no encontro. Obrigada." ( Carolina Cardoso, 11º ano)

     "O primeiro ano em que pude integrar no grupo que ia a Taizé, foi logo o ano em que Taizé ia ao Porto. Por um lado é bom, na medida em que os custos não são muito elevados, fica mais perto de casa e, sem esquecer, que é um ambiente em que estou melhor adaptado (ambiente português).

     Este ano decidi ir. Tive de pagar 50 euros, coisa mínima mas que espero encontrar um dia no chão de uma descuidada rua. Como nunca tinha experienciado algo do género, não sabia bem o que ia para o Porto fazer. Nem com a ajuda do plano entregue pela professora percebi ou não quis perceber o que se ia passar. Só sabia que ia ser acolhido por uma família e que as actividades iam decorrer numa determinada paróquia e num ambiente "portista" (ainda tenho pena, pelos meus infortunados colegas benfiquistas).

     Este projecto tinha o objectivo de nos fazer encontrar as fontes de alegria. No Porto não encontrei nenhuma fonte que jorrasse qualquer tipo de líquido chamado alegria, mas sei que houve qualquer coisa dentro de mim que mudou. Não sei bem o quê, mas sinto. Estou mais tolerante, descontraído, bem-disposto (parece que as orações da noite, retiraram-me as impurezas que estavam presentes no meu corpo pecador).

     Focando agora a paróquia e família que me acolheu. A paróquia recebeu-nos de uma forma extraordinária e de lá saíram boas amizades. Eram um grupo muito simpático e divertido. Jamais me esquecerei das orações, passeios, festas, música, comida ... enfim não me esquecerei de nada. A família que me acolheu, refiro desde já aqui que era muito grande (composta unicamente por uma pessoa). Mas não é esse facto que a tornou pior, aliás a "família" era muito simpática e carinhosa. Gostei dos mais pequenos pormenores que a "família" tinha em conta para tornar a minha estadia a melhor.

     Queria com este texto dizer (ou escrever) que este projecto... Taizé*, foi das coisas mais inesquecíveis, inacreditáveis e fantásticas que alguma vez fiz ou farei, porque são estes momentos que nos tornam melhores cidadãos e tornam a nossa vida algo propício a viver. Espero para o ano ir. Ouvi dizer que no próximo ano é mesmo em Taizé, portanto é bom que comece a aperfeiçoar o meu francês... Arrivederci**.

* - Nesta altura, o autor apresentava-se com uma grande sensibilidade, dedicação, sinceridade e duas lágrimas.

** - Depois de acabar o texto, o autor percebeu que a palavra "Arrivederci" é de origem italiana e não francesa. Foi um momento desperdiçado pelo autor para mostrar que sabia alguma coisa de língua francesa."( Ricardo Pinto, 10º ano)

"...Aqui, em Taizé/Porto, é mais fácil o reconhecimento e conhecimento da interioridade dos outros e a nossa própria.

Aqui, mesmo que tenhamos deixado tudo e que tenhamos partido sozinhos, estamos sempre acompanhados. Cada vez mais entendo a importância dessa educação para a espiritualidade, que tanto debatemos nesses dias.

Aqui, longe das obrigações dos dias, é mais fácil ganhar (a tal) coragem, que nos permite voltarmo-nos para o Mundo.

Aqui, reforcei a necessidade de parar para pensar, para ouvir o que vai dentro de mim e não somente o que ouço no dia-a-dia, que são na maioria das vezes vozes sobrepostas e complicadas.(...)É um sítio onde olhei para dentro de mim e dos que me rodeiam, e onde ganhei mais confiança em mim e ao Mundo." ( Gabriela Lacerda,11º)

"...A nossa casa era super acolhedora e o ambiente fantástico.(...) As orações da noite foram sem dúvida a melhor parte do encontro, os cânticos, a cruz, tudo. Senti-me fora do mundo físico e envolvido em completo num espaço sem coordenadas na terra. Nos pequenos grupos matinais aprendi várias coisas sobre os valores pessoais, éticos e morais. Conheci pessoas fantásticas, vivi experiências magníficas, aprendi a dar valor a coisas que nunca tinha dado.

Tenho a agradecer à minha querida professora Teresa Grancho esta oportunidade e a todos os seis mil participantes o calor que recebi.

Foi assim que encontrei a Fonte da Felicidade". ( Joel Mariano, Jemex, 11º ano)

Webmaster|2010-02-23|16:14:05



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