Algarve: Dia Diocesano do Catequista

No passado dia 24 de janeiro o centro paroquial de Olhão recebeu o Dia Diocesano do Catequista da diocese do Algarve sob o tema "Cateques de Adolescência, uma proposta de santidade".

O dia do Catequista, organizado peloSector da Catequese da Infância e Adolescência da Igreja do Algarve contou com a intervenção do padre Paulo Malícia, diretor do Departamento de Catequese (DCL) do Patriarcado de Lisboa que lembrou aos presentes que "a necessidade de seguir o Senhor" implica "o repensar do modelo de catequese".

Para o Padre Paulo a catequese, como é feita hoje, tende a "por vezes, ignorar e ficar à margem da vida da pessoa",  e apontou este como "o grande problema da Igreja em termos catequéticos". "Muitas vezes andamos a dar respostas a perguntas que as pessoas já não fazem e não damos respostas às perguntas que as pessoas fazem", lamentou, denunciando uma "educação da fé desligada da vida concreta das pessoas". "Custa-me que, muitas vezes, a gente faça um anúncio da fé, não a partir das questões que as pessoas fazem, mas das questões que nós achamos importantes. E depois há aqui um desfasamento, quase que uma esquizofrenia entre a vida das pessoas e a nossa proposta de educação da fé", acrescentou.

Neste sentido, o padre Paulo Malícia lamentou que exista ainda "uma educação da fé que não faz experiência daquilo que propõe" correndo-se o risco de "transformamos a catequese da adolescência num ATL ou em mais uma aula no horário escolar", lembrando que os adolescentes "têm de fazer uma experiência de fé e de vida e não ter uma aula de conteúdos cristãos ou uma atividade de tempos livres".

Para o diretor do DCL é urgente quatro "experiências significativas" que deverão ser proporcionadas numa catequese com adolescentes: a "experiência do amor de Deus", a do "encontro com a palavra", a do "encontro com Cristo" e a "de ser membro ativo" da Igreja.

"Não posso ter um adolescente, sentado numa mesa, a ver a comunidade a construir-se. Temos de pôr estes miúdos a fazer qualquer coisa para a comunidade cristã", exortou, lembrando que "o adolescente aprende fazendo". "Se a gente não os insere na vida da comunidade, eles desmotivam-se. Se eles não fizerem nada na paróquia, vão fazer para outro lado", alertou.

 

Educris com www.folhadodomingo.pt

Imagem: Samuel Mendonça

 

 



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