Parlamento Português em voto unânime contra a perseguição aos cristãos no Mundo

Decisão dos parlamentares portugueses resultou num voto de "condenação e pesar pela perseguição, intolerância e violência contra cristãos" no mundo

O dia 25 de janeiro fica marcado, na Assembleia da República por um voto unâmine de condenação, por parte de todo o parlamento, a perseguição religiosa aos cristãos no mundo.

O documento expressa "profunda preocupação" da Assembleia da República pelo "aumento da perseguição e violência contra minorias religiosas e étnicas", especialmente nos países do Médio Oriente e continente africano, referindo que "a evolução dramática" desta situação inquieta os deputados.

A iniciativa parlamentar foi subscrita por todo o grupo parlamentar do CDS/PP – autor da iniciativa –, mas também por 10 deputados socialistas e três parlamentares do PSD: O voto de pesar colheu a unanimidade da Assembleia da República. Ou seja, além de todos os deputados daqueles três partidos, também os eleitos do Bloco de Esquerda, Partido Comunista, PEV; PAN e o deputado independente Paulo Trigo Pereira votaram favoravelmente o documento.

No voto de pesar é referido que “os cristãos são, pelo sexto ano consecutivo, uma das confissões religiosas mais massacradas” no mundo, a par da comunidade rohingya. Citando diversos relatórios de organizações não-governamentais, referem-se ainda no documento as resoluções e avisos emanados do Parlamento Europeu para a situação de tentativa de “extermínio das comunidades cristãs no Médio Oriente e o desaparecimento de parte significativa do seu património religioso nos respectivos países”.

O documento aprovado no final da semana passada pelo Parlamento português enfatiza ainda que “o mundo não pode permanecer indiferente ao flagelo que atinge as comunidades cristãs”, e que essa indiferença, “traduzida na ausência de prioridade política dada pelos vários países nas organizações internacionais”, fragiliza, escrevem os deputados, “a liberdade religiosa consagrada na Declaração Universal dos Direitos Humanos”.

No voto de pesar, agora aprovado, os deputados sublinham ainda que a “liberdade de se ser cristão, ou de outra crença, não pode nem deve ser inconciliável com a dominância cultural noutros países, do Médio Oriente aos continentes africano ou asiático”, e que é essencial “combater esta perigosa tendência, colocando-a na linha da frente do plano das Nações Unidas”.

Com este voto, a Assembleia da República manifesta a sua solidariedade “por todas as vítimas que perderam a vida em razão da sua crença”, e “condena o agravamento dos actos de violência religiosa cometidos contra as comunidades cristãs, assim como todas as formas de violência, perseguição, discriminação e intolerância fundados nas convicções religiosas”.

Educris|29.01.2019



Newsletter Educris

Receba as nossas novidades