Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) alerta para nova escalada de violência religiosa no sul da Nigéria.
Em comunicado a AIS dá conta de "pelo menos 17 mortos, assassinados a tiro em Omoku, no sul da Nigéria, na madrugada da passada segunda-feira":
"As vítimas regressavam a casa depois da celebração de uma missa, quando homens armados dispararam, por volta da meia-noite, para o grupo de fiéis na localidade de Omoku, situada a cerca de 90 quilómetros da cidade de Port Harcourt, capital do estado de Rivers", denuncia a organização católica.
Para lá das 17 vítimas mortais mais de uma dúzia ficaram feridos tendo sido, posteriomente, transportados para um hospital local.
De acordo com a AIS, citando relatos no local, "terá havido um duplo ataque, o que pode significar que se tratou não de um acto isolado mas sim de um atentado coordenado contra os cristãos de Omoku":
"Este ataque não foi imediatamente atribuído pelas autoridades ao Boko Haram, um grupo terrorista islamita que opera na Nigéria desde 2009 e que pretende a instauração de um 'califado' no norte do país, tanto mais que, no estado de Rivers tem-se registado a actuação de grupos criminosos que disputam o controlo desta região rica em petróleo".
Num vídeo entretanto publicado na internet Abubakar Shekau, líder de uma das facções do Boko Haram na Nigéria, reclamou a autoria dos ataques e afirmou que o grupo terrorista "está de boa saúde" contrariando, assim, a mensagem de ano novo do presidente nigeriano Muhammadu Buhari garantiu que o exército nigeriano tinha derrotado o Boko Haram, embora alertasse para a possibilidade de “ataques isolados” poderem vir a acontecer.