Covid-19: Papa reza pelas irmãs vicentinas e pede Igreja atenta (C\vídeo)

Francisco recordou trabalho da Congregação das Filhas da Caridade no Vaticano e pediu uma “Igreja atenta” às investidas do diabo

“Hoje é a comemoração de Santa Luísa de Marillac. Oremos pelas irmãs vicentinas que conduzem este ambulatório, este "hospital" há quase 100 anos [é o dispensário pediátrico de Santa Marta administrado pelas irmãs da Congregação das Filhas da Caridade] e trabalham aqui, em Santa Marta. Que o senhor abençoe as irmãs”, rezou o papa no início da eucaristia a que presidiu, esta manhã, no Vaticano.

No início da sua homilia, e retomando o refrão do salmo apresentado pela liturgia de hoje Francisco lembrou que “o Senhor faz maravilhas” através das comunidades cristãs que, não poucas vezes, sentem “dificuldade em realizar estas maravilhas do Senhor”.

O papa apresentou a figura de Paulo, presente no trecho do livro dos Atos dos Apóstolos (Atos 13, 44-52), para demonstrar como a perseguição aconteceu depois do anúncio da Palavra aos pagãos, às mulheres da nobreza e aos notáveis da cidade”, por parte dos judeus de Antioquia, «cheios de inveja e com palavras ofensivas».

“Por um lado, há o Senhor, há o Espírito Santo que faz a Igreja crescer, e cresce sempre mais: isto é verdade. Mas por outro, há o espírito do mal que procura destruir a Igreja. É sempre assim. Sempre assim. O balanço é sempre positivo a longo prazo, mas quanto esforço, quanta dor, quanto martírio! E o que aconteceu aqui, em Antioquia, acontece em todo o Livro dos Atos dos Apóstolos”, observou.

Para o papa “a Palavra de Deus faz crescer,” mas “o instrumento do diabo, a inveja, procura destruir” a obra de Deus.

“O livro da Sabedoria di-lo muito bem. O pecado entrou no mundo pela inveja do diabo”.

A “raiva, a inveja e o ciúme, do demónio” foi mesma que esteve presente “na morte de Jesus” pois o diabo quer “sempre destruir”.

“A Igreja peregrina entre os consolos de Deus e as perseguições do mundo. Uma Igreja que não tem dificuldades é porque lhe falta alguma coisa. Se o diabo está tranquilo, as coisas não estão bem”, apontou.

Para Francisco “o Espírito Santo faz a harmonia da Igreja e o espírito mau destrói, até hoje. Sempre essa luta”.

“A obra do Espírito para construir a Igreja, para harmonizar a Igreja e a obra do espírito mau para destruí-la, o recurso aos poderes temporais para deter a Igreja, destruir a Igreja, é apenas um desenvolvimento do que acontece na manhã da ressurreição. Os soldados, vendo este triunfo, foram até os sacerdotes e estes compraram a verdade. E a verdade foi silenciada. Desde a primeira manhã da ressurreição, triunfo de Cristo, existe esta traição, este silenciar a palavra de Cristo, silenciar o triunfo da ressurreição com o poder temporal: os chefes dos sacerdotes e o dinheiro”.

No final o papa sugeriu aos crentes para “estarmos atentos, sermos cuidadosos com a pregação do Evangelho: nunca colocar a confiança nos poderes temporais e no dinheiro”.

“A confiança dos cristãos é Jesus Cristo e o Espírito Santo que ele enviou! E o Espírito Santo é o fermento, é a força que faz a Igreja crescer! Sim, a Igreja avança, em paz e alegria: entre os consolos de Deus e as perseguições do mundo”, concluiu.

Educris|09.05.2020



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