Missa em Santa Marta: Sem Alegria os cristãos são «prisioneiros da formalidade»

Papa apontou a necessidade de expressar “a alegria do encontro com o Senhor” no processo de construção da Igreja

“O Evangelho só avança com evangelizadores capazes de transmitirem a alegria do encontro com o Senhor”, afirmou esta manhã o Papa Francisco na homilia durante a eucaristia a que presidiu na Casa de Santa Marta, o Vaticano.

Tomando para meditação um excerto do segundo livro de Samuel que retrata a festa de David e de todo o povo pelo regresso da Arca da Aliança a Jerusalém o Papa afirmou que a “alegria do povo manifesta-se porque Deus está próximo”:

“Havia uma festa: a alegria do povo de Deus porque Deus estava com eles. E David? Dança. Dança diante do povo, expressa a sua alegria sem sentir vergonha; é a alegria espiritual do encontro com o Senhor: Deus voltou a estar entre nós. E isto dá-nos tanta alegria. David não pensa que é o rei e que o rei deve ficar distante do povo, como sua majestade - não? -, com a distância... David ama o Senhor, está feliz com este acontecimento e conduz a arca do Senhor. Expressa esta felicidade, esta alegria dançando”, explicitou.

Para o Papa esta mesma alegria do rei David é a mesma que cada crente sente “quando estamos com o Senhor e fazemos a festa”.

Neste ponto o Papa criticou aqueles que “desprezam a espontaneidade da alegria com o Senhor” como aconteceu com David que, ao chegar a casa recebe o desprezo da filha de Saul que se insurge contra ele por “dançar como alguém do povo”.

“Tal como esta mulher quando falta a alegria num cristão não se é fecundo; quando falta a alegria no nosso coração, não há fecundidade”, apontou o Papa.

No final da sua homilia Francisco recordou a Exortação Evangelii Nuntiandi, do papa Paulo VI, que exorta os cristãos à alegria:

«O Evangelho não irá em frente com evangelizadores enfadonhos, amargurados. Somente avançará com evangelizadores alegres e cheios de vida. A alegria no receber a Palavra de Deus, a alegria de ser cristãos, a alegria de seguir em frente, a capacidade de festejar sem se envergonhar».

Educris com Osservatore Romano

28.01.2020

 

 



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