Papa visita Mianmar e Bangladesh

21ª Viagem Apostólica Internacional do Papa Francisco com forte mensagem à paz e ao diálogo inter-religioso. Questão da minoria rohingya na agenda do Papa e encontro de oração pela paz em dois países de onde os católicos são uma pequena presença.

O Papa Francisco inicia hoje (20h40 em Lisboa) mais uma viagem internacional a dois países do oriente. Ainda esta manhã, na recitação do Ângelus, Francisco pediu aos fiéis orações e apresentou a viagem como momento de proximidade e esperança para aquelas populações.

"Peço-vos que me acompanheis com a oração, para que a minha presença seja para aquelas populações um sinal de proximidade e de esperança”.

Francisco chegará a Mianmar, antiga Birmânia e país de maioria budista, pelas 13h30 locais de segunda-feira (menos 6 horas em Lisboa). A agenda do Papa inicia-se na terça-feira, dia 28 de novembro, em Nay Py Taw, capital de Mianmar onde vai encontra-se com a conselheira de Estado e o Ministro das Relações exteriores do país após uma breve visita de cortesia ao presidente Htin Kyaw.

Mianmar e o vizinho Bangladesh, de maioria muçulmana, estão no centro de uma crise humana por causa da fuga da minoria rohingya, cuja situação tem sido, por diversas vezes, condenado por Francisco e já mereceu igual condenação por parte da ONU.

Pelas 17h15 locais o papa argentino vai encontra-se com as autoridades, sociedade civil e Corpo Diplomático no centro internacional de congressos. Volta a voar para Yangon, antiga capital do país, onde se vai deslocar para o arcebispado.

Na manhã de quarta-feira, dia 29 de novembro, Francisco inicia o dia com a celebração da eucaristia Kyaikkasan Ground e tem o primeiro encontro inter-religioso da sua viagem com o Conselho Supremo "Sangha" dos monges budistas no Kaba Aye Centre.

O dia termina com um encontro com os bispos de Mianmar no Salão da Catedral de Santa Maria em Yangon.

Na quinta-feira, dia 30 de novembro, o dia começa peças 10h15 locais com a celebração da missa na Catedral de Santa Maria com os jovens. Seguem-se as despedidas e a partida para Daca, capital do Bangladesh.

Já em Daca o Papa visita o Memorial Nacional aos Mártires em Savar e presta homenagem ao Pai da Pátria no Bangabandhu Memorial Museum onde assinará o Livro de Honra. Segue-se uma visita de Cortesia ao Presidente no Palácio Presidencial e o encontro com as Autoridades, Sociedade Civil e com o Corpo Diplomático no Palácio Presidencial.

Na manhã de sexta-feira, dia 1 de dezembro, o Papa inicia o dia com a celebração da Missa no Suhrawardy Udyan Park durante a qual haverá uma ordenação sacerdotal.

Segue-se a visita do Primeiro-ministro à Nunciatura Apostólica. Da parte da tarde Francisco visita a catedral e encontra-se com os bispos do Bangladesh na Casa dos Sacerdotes idosos.

O dia termina com um encontro Inter-religioso e Ecuménico pela Paz no Jardim do Arcebispado, onde vai estar persente um grupo de refugiados rohingya.

Na última semana o Bangladesh e o Mianmar assinaram um acordo para o repatriamento de mais de 620 mil membros da minoria rohingya que fugiram da violência em território birmanês para aquele país.

No sábado a manhã tem início com a visita privada à Casa Madre Teresa de Tejgaon e o encontro com os sacerdotes, religiosos, religiosas, consagrados, seminaristas e noviças na igreja do Santo Rosário.

Antes da partida para Roma Francisco vai encontrar-se com os jovens na Universidade Notre Dame de Daca.

De acordo com a Sala de imprensa do Vaticano o Papa vai deslocar-se em carro fechado, não-blindado, nestes países dois países, onde os cristãos estão em clara minoria (1,27% da população em Mianmar, 0,24% no Bangladesh).

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