Papa Francisco alerta para o perigo da “colonização cultural”
“As colonizações ideológicas e culturais olham apenas para o presente, renegam o passado e não olham para o futuro. Vivem no momento, não no tempo, e por isso não podem prometer-nos nada”, alertou o Papa nesta manhã.
Ao comentar, na sua homilia, o martírio de Eleazar, narrado no livro dos Macabeus e proposto na primeira leitura, Francisco lembrou que a tentação “de querer fazer todos iguais e cancelar as diferenças” é um “pecado contra Deus criador porque se quer mudar a criação tal como Ele a criou”:
“Eleazar é condenado a morrer por fidelidade a Deus. Perante a possibilidade de se introduzirem instituições pagãs na aliança, de se impor uma verdadeira colonização ideológica impondo ao povo de Israel Eleazar defende as boas tradições do povo e por isso morre dando testemunho, ou seja, o martírio”.
Para o Papa Francisco o encanto do novo, da novidade, deve ser acompanhada pelo “discernimento pois é preciso ter a certeza se a novidade é do Senhor, vem do Espírito Santo, vem da raiz de Deus ou se esta novidade vem de uma raiz perversa”, apontou.
No final o Papa rezou para que o exemplo Eleazar “nos ajude nos momentos talvez de confusão, diante das colonizações culturais e espirituais que nos são propostas”.