A iniciativa, promovida pela Universidade Pontifícia Gregoriana, contou com a participação de dezenas de especialistas e terminou com a aprovação da Declaração de Roma onde se fazem 13 pedidos a diversas entidades internacionais para proteger os mais de 800 milhões de menores que correm riscos sempre que navegam na rede digital.
Na receção aos participantes do Congresso, o Papa Francisco apontou "problema atual da vulnerabilidade dos menores na rede" como um dos principais problemas na formação das novas gerações:
"É preciso manter os olhos bem abertos e enfrentar o aspeto obscuro da rede, que se tornou um lugar propício para os seguintes crimes: pornografia, bullying, tráfico online de pessoas, prostituição".
Para o Papa é urgente combater os "erros que se vão cometendo, sem subestimar o dano que esses crimes provocam nos menores e não pensar que as soluções técnicas automáticas, como os filtros do computador para identificar e bloquear a difusão de imagens, são suficientes para combater o problema".
Olhando para o interior da própria Igreja Francisco recordou os casos de abuso que ocorreram em instituições da Igreja Católica, classificando-os como "gravíssimos" e sustentando que os seus autores "devem reconhecer as suas responsabilidades diante de Deus, das vítimas e da opinião pública".
Olhando para os grande progressos "do mundo digital nas últimas décadas" o Papa lembrou que tal se ficou a dever ao "progresso da ciência e da técnica" e que alterou até mesmo "o nosso modo de pensar e de ser".
Na sua alocução Francisco reafirmou o compromisso da Igreja na proteção dos menores e da sua dignidade:
"A Igreja sente hoje um dever particularmente grave de se empenhar de modo cada vez mais profundo para proteção dos menores e de sua dignidade".