Papa Francisco: «É pecado não rezar pelos governantes»

Na manhã desta segunda-feira o Papa Francisco celebrou a eucaristia na capela de Santa Marta, no Vaticano. Na sua homilia o Papa lembrou "a importância de rezar pelos governantes" e considerou "pecado" não o fazer.

"É um pecado não rezar pelos governantes.  E esta oração deve ser feita para «não deixar sós» todos aqueles que tem uma menor consciência de que o seu poder não é absoluto mas vem de Deus, vem do Povo".

A reflexão de Francisco partiu da primeira leitura e do evangelho propostos pela liturgia. O Papa recordou o oficial romano, um governante, que "sente a necessidade de rezar" pelo seu servo que se encontrava doente:

"Este homem sentiu a necessidade de rezar porque tinha a consciência de não ser o patrão de tudo, de não ser a última instância".

Para o Papa "o governante que tem esta consciência, reza. Se não reza, fecha-se na própria “autorreferencialidade” ou na do seu partido, naquele círculo do qual não se sai. É um homem fechado em si mesmo. Porém, quando vê os problemas verdadeiros, tem a consciência de ser subalterno, que existe outro que tem mais poder que ele. Quem tem mais poder do que o governante? O povo, que lhe deu o poder, e Deus, do qual vem o poder através do povo. Quando um governante tem a consciência de ser subordinado, reza".

Francisco lembrou o diálogo com um governante que lhe confidenciou passar duas horas em silêncio diante de Deus, não obstante os muitos afazares que tinha.

"É preciso pedir a Deus a graça de governar bem como Salomão que não pediu a Deus ouro ou riquezas, mas sabedoria para governar", sustentou o Papa.

Perante os governantes que se afirmam  ateus ou agnósticos Francisco convidou-os a "confrontarem-se com a sua consciência, com os sábios do seu povo. A não ficarem sozinhos com o pequeno grupo do seu partido".

No final o Papa convidou os fiéis a um pequeno exame de consciência:

E o Papa conclui pedindo "cinco breves minutos" para um exames de consciência:

"Cada um tome cinco minutos do seu dia. Se for governante  interroge-se: «Eu rezo por aquele que me deu o poder através do povo?». Se não for governante pergunte-se: «rezo pelos governantes? Se ao fazermos esta exame de consciência nos apercebermos que não rezamos pelos governantes levemos isso à confissão. É um pecado não rezar pelos governantes".

Educris com L'Osservatore Romano

Educris|18.09.2017



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