Vaticano: Mensagem do Papa à conferência da FAO

Papa pede "compromisso com uma solidariedade" efetiva no combate à "fome e subnutrição" e reafirma que a atual situação de fome generalizada em muitos países resulta não só "do terrorismo e da guerra" mas da "inércia e egoísmo da comunidade internacional".

 

Na missiva escrita por ocasião da 40ª Assembleia Geral da FAO (Food and Agriculture Organization) das Nações Unidas, que hoje se inicia em Roma, o Papa Francisco começou por recordar a organização das "expetativas de milhões de pessoas" acerca do encontro e afirmou seguir "com atenção" e sentido de "cooperação" os trabalhos de modo a que todos "possam garantir o pão de cada dia" como um "direito" por todos reconhecido.

Francisco afirmou que "as estatísticas disponíveis" mostram que "ainda estamos longe deste objetivo" muito por culpa "de uma cultura onde falta a solidariedade" e parece "não conseguir construir o seu próprio caminho" na humanidade.

O Papa afirma que "para terminar com a fome e a subnutrição" é urgente "melhorar as condições da agricultura" impulsionando o setor agricola e zelando para uma distribuição mais eficaz dos alimentos":

"Quando um determinado país não consegue auto-sustentar-se a este nível é necessário que a FAO e outras instituições sejam capazes de intervir com medidas de suporte adequados", apelou.

Para Francisco é urgente tornar "a solidariedade como critério básio da cooperação entre as nações" pois, apenas deste modo "os mais pobres poderão ter o pão de cada dia" que a todos é dado "por Deus".

Na segunda parte da mensagem o Papa denuncia a existência de "guerras e terrorismo" como "uma parte da causa para a fome" e aponta a "inércia e o egoísmo de alguns" como culpados pela situação atual.

Ao presidente da FAO Francisco compromete-se a "entregar uma participação simbólica" para o programa alimentar mundial afirmando uma "Igreja comprometida e na linha da frente" na resolução do problema da fome e sub-nutrição.

A 40ª Assembeia geral da FAO realiza-se até ao próximo dia 8 de julho na cidade de Roma.

Imagem: ONU

Educris|03.07.2017



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