Papa Francisco: "O sofrimento dos mais pequenos é o mais difícil de aceitar"
No penúltimo encontro marcado na viagem pastoral do Papa Francisco a Génova, na Itália, o Pontifice visitou o Hospital Pediátrico «Giannina Gaslini», instituição que há mais de 80 anos recebe crianças doentes.
O Papa começou por reconhecer a função especial do hospital agradecendo o"trabalho, testemunho e dedicação" de todo o pessoal que aqui trabalha com tantas crianças doentes.
Francisco desejou que a instituição fundada pelo senador Gerolamo Gaslini, em honra da sua filha morta em tenra idade: "Hoje o desafio é continuar a serdes um símbolo de generosidade e solidariedade com base na fé católica".
Dirigindo-se em seguida aos pacientes e técnicos Francisco reconheceu ser difícil esplicar o sofrimento dos mais novos:
"O sofrimento das crianças é certamente o mais difícil de aceitar, por isso, o Senhor chama-me a estar, ainda que brevemente, ao lado destas crianças e adolescentes e dos seus familiares".
Perante a questão , explicou, na intervenção que proferiu, após assinar o livro de honra da instituição.
“Tantas vezes me faço a pergunta 'porque sofrem as crianças?”' e não encontro explicação. Olho apenas para o crucifixo”, admitiu.
Perante o sofrimento e o trabalho desenvolvido neste e noutro lugares do mundo o Papa recordou a função do "bom samaritano" pedidno a todos que esteja atentos às mais novos e aos seus sofrimentos e necessidades para lembrar:
"A fé realiza-se pela caridade. Sem a caridade é uma fé morta".
O Papa Francisco assinou o Livro de honra do Hospital Pediátrico «Giannina Gaslini» onde escreveu:
"A todos aqueles que trabalham neste hospital, onde a dor encontra a ternura, amor e cura, agradeço de coração pelo vosso trabalho, a vossa humanidade e pelo carinho dado a muitas crianças que, desde pequenas, carregam a cruz. Com admiração e gratidão. Por favor, não se esqueçam de rezar por mim".