Papa Francisco: "Abrir o coração à ação do Espírito Santo"

Na manhã desta sexta-feira, o Papa Francisco rezou, na Casa de Santa Marta, no Vaticano, pela "graça da conversão à unidade da Igreja, ao Espírito Santo e à verdadeira doutrina".

Na sua homilia Francisco comentou a primeira leitura, retirada do livro dos Atos dos Apóstolos, e lembrou que "os problemas que havia naquela comunidade, com ciúmes, lutas de poder" fazem parte do viver humano pelo simples facto de "sermos humanos, e pecadores".

Para o Papa perante as "dificuldades que sempre existiram" devemos olhar com "humildade para a nossa condição de pecadores" porque só esta "nos conduz à humildade" e esta leva-nos a "Jesus" porque o "reconhecemos como mestre, salvador dos nossos pecados".

O Papa apelou a que nas discussões e mal entendidos se deixe "agir o Espírito Santo" como no relato da primeira leitura:

"Os apóstolos discutem entre si e, no final, entram num acordo. Não é um acordo politico, é a inspiração do Espírito Santo que os leva a dizer: nada de coisas, nada de exigências. Mas só o que dizem: não comer carne naquele período, a carne sacrificada aos ídolos porque era fazer comunhão com os ídolos, abster-se do sangue, dos animais sufocados e das uniões ilegítimas", reafirmou.

Esta "liberdade do Espírito" conduz a igreja nascente ao "acordo" e, por causa disto, "os pagãos passam a entrar na Igreja":

"Tratou-se, por assim dizer, do primeiro concílio, o primeiro de muitos pois é um dever da Igreja esclarecer a doutrina. Só deste modo se pode entender bem o que Jesus disse nos Evangelhos e qual o espírito dos Evangelhos".

Francisco exortou a ter cuidado com "os que sem qualquer autoridade, turbam a comunidade cristã com discursos que transtornam as almas":

"Estes também sempre existiram na Igreja. São os que são fanáticos, para os quais tudo é heréticos, os que semeam intrigas para dividir a comunidade cristã. E este é o problema: quando a doutrina da Igreja, a que vem do Evangelho, que o Espírito Santo inspira, esta doutrina torna-se ideologia. E este é o grande erro dessas pessoas".

No final da sua homilia Francisco afirmou:

"A Igreja tem o seu próprio magistério, o magistério do Papa, dos bispos, dos concílios. Devemos caminhar nesta estrada que vem da pregação de Jesus e do ensinamento e da assistência do Espirito Santo, que está sempre aberta, sempre livre, porque a doutrina une, os concílios unem a comunidade cristã, enquanto “a ideologia divide".

Educris com Rádio Vaticano



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