Educação: «É preciso agir com o estilo do Samaritano», afirma o Papa (C/vídeo)
Papa enviou vídeo-mensagem ao Congresso da Educação Religiosa, organizado pela Arquidiocese de Los Angeles, nos Estados Unidos da América
O Papa Francisco afirmou hoje ser preciso “anunciar e recordar que temos a promessa de Deus e que Deus cumpre sempre as suas promessas”.
Na vídeo-mensagem que enviou ao Congresso de Educação Religiosa que se realiza online até ao próximo dia 21 de fevereiro sob o tema «Proclama a Promessa», Francisco desafiou os docentes a refletirem sobre a pandemia, que abala o mundo inteiro, e a serem portadores de um “olhar de futuro e esperança” para os seus alunos.
“A pandemia marca a vida das pessoas e a história das nossas comunidades. Diante desta e de outras realidades é preciso contruir o amanhã, olhar o futuro. Para isso é necessário o compromisso, a força e a dedicação de todos”, apelou o Papa.
Aos educadores Francisco insistiu na ideia que é urgente “atuar ao estilo do samaritano, que implica deixar-se tocar pelo que se vê, sabendo que o sofrimento vai mudar-me, e com o sofrimento do outro devo comprometer-me”, sustentou.
“Os testemunhos de amor generoso e gratuito que temos presenciado durante todos estes meses – tantos testemunhos – deixaram uma marca indelével nas consciências e no tecido social, ensinando-nos o valor e a urgência de estar próximos, do cuidado, do acompanhamento do sacrifício para alimentar a fraternidade. Elas e eles foram anúncio e realização da promessa de Deus”, considerou.
Retomando uma ideia sua de que “das crises nunca se sai igual, ou se sai pior ou melhor”, o papa deixou a certeza de que “nas crises revela-se o coração de cada um: na solidez, na misericordia, na sua grandeza, a sua pequenez. A crise poe-nos ante a necessidade de eleger, de optar e a nos comprometeremos com um determinado caminho”, desafiou.
Aos jovens, Francisco convidou a serem “poetas da nova beleza humana, uma beleza fraterna e amiga”.
“Os sonhos constroem-se em conjunto. Sonhemos com uma única humanidade, como caminhantes da mesma carne humana, como filhos da mesma terra que a todos acolhe, cada um com a riqueza da sua fé e das suas convicções, mas cada um com uma voz própria – mas sim – todos irmãos”, concluiu o Papa.