Pai dá-me a mesada... Mãe quero comprar isto... Pai compra-me a psvita... Mãe dá-me 10€ para ir ao cinema com os meus amigos...

Já te questionaste de onde vem o dinheiro dos teus pais? O dinheiro na tua família é elástico?

Estamos em tempo de ajustes e de redefinições. A palavra mais escrita, lida e ouvida nos últimos tempos é a palavra CRISE. Esta palavra, escrita em mandarim, é composta por dois caracteres: um representa perigo e o outro representa oportunidade.

O orçamento familiar é uma óptima oportunidade para começar a organizar a vida financeira no plano doméstico. Interessa a todas as famílias.

O orçamento familiar obriga as famílias a antever/prever os recebimentos e pagamentos que ocorrerão num determinado período (a previsão anual, detalhada por meses, é altamente recomendável para uma boa gestão das contas familiares). Esse exercício permite ganhar uma noção mais realista dos gastos do agregado familiar; prever momentos de “aperto” ou “folga” nas contas bancárias; programar e calendarizar investimentos avultados; reflectir acerca do peso de determinados gastos eventualmente dispensáveis.

Uma

das maiores virtudes do orçamento é afastar as angústias que decorrem da incerteza em relação ao futuro. Se for possível, de forma realista, cobrir as despesas da família com os rendimentos esperados, então torna-se claro que, em condições normais, o ano será viável economicamente. Esta constatação pode contribuir decisivamente para a serenidade da família. Depois basta ir acompanhando mensalmente o cumprimento do orçamento e, em meses de derrapagem, tentar traçar medidas futuras que compensem esses desvios.

O orçamento familiar terá tanto mais sucesso quanto maior for o envolvimento de todos na sua elaboração e no seu cumprimento.

E tu, participas no orçamento da tua família? Sabes quais são os gastos reais da tua família?

Bento Oliveira

Professor de EMRC