Quaresma: «Cristãos perseguidos» lembrados nas renúncias diocesanas

Várias dioceses portuguesas vão apoiar os cristãos perseguidos pelo mundo através das renúncias quaresmais.

"As renúncias quaresmais das dioceses portuguesas no corrente ano refletem uma forte preocupação pela situação das comunidades cristãs perseguidas no mundo, especialmente as que se encontram em países em guerra ou dilacerados por violência tribal e pela pobreza extrema", afirma, em comunicado a Fundação Pontífica Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

Esta organização destaca a abertura das dioceses "no apoio aos cristãos perseguidos por todo o mundo":

"As dioceses do Funchal e de Leiria-Fátima vão destinar parte das renúncias quaresmais a apoiar projetos promovidos pela Fundação AIS, no Iraque e no Paquistão", revela a organização católica.

Também a Síria, República Democrática do Congo ou República Centro-Africana foram países eleitos, noutras outras dioceses, o que reflete a preocupação e a solidariedade dos cristãos portugueses com tantos milhões de crentes que vivem tempos particularmente atribulados.


Também a Arquidiocese de Évora vai este ano apoiar os cristãos da Síria. Na mensagem enviada aos fiéis, D. José Alves lançou “um veemente apelo a favor dos cristãos” deste país “onde a guerra civil persiste há oito anos e já provocou quatrocentos mil mortos, cinco milhões de refugiados e oito milhões de deslocados”, dentro das próprias fronteiras.

O prelado fez questão de afirmar, na referida mensagem, que o que está a acontecer na Síria é “uma autêntica calamidade de contornos indefinidos e com tendência a agravar-se”. Por isso, nesta Quaresma, ficou o desafio para se partilhar com os cristãos sírios “os dons espirituais pela oração e os dons materiais pela renúncia voluntária e pela esmola”.

Outras dioceses mostraram também, e uma vez mais, como a questão da Igreja perseguida, da Igreja que sofre está no pensamento de todos.

D. João Marcos, Bispo de Beja, decidiu que a recolha de donativos nesta Quaresma se destine, em parte, aos cristãos que vivem na Terra Santa.

Por sua vez, o Bispo de Portalegre-Castelo Branco, D. Antonino Dias, optou pela ajuda à construção de um Centro de Saúde na Arquidiocese de Kananga, na República Democrática do Congo. Um centro que, explicou, tem como missão primordial “socorrer as crianças roubadas às famílias” e que foram usadas como soldados ou que perderam os seus pais na guerra.

Por fim a Diocese de Lamego vai apoiar a Igreja neste país africano, mais concretamente a "diocese de Beni-Butembo, na região do Kivu-Norte".

 

Educris com AIS

Imagem: Folha de Domingo

 



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