Papa Francisco: «A humildade é um dom indispensável na vida de um cristão»

Na manhã da passada terça-feira, e após o seu regresso ao Vaticano, no final da 21ª Viagem Apostólica a Mianmar e ao Bangladesh o Papa Francisco voltou a celebrar a eucaristia matinal na capela da Casa de Santa Marta, no Vaticano.

 

Na sua homilia o Papa tomou para reflexão uma passagem do profeta Isaías e afirmou que todos os cristãos são como que “um pequeno rebento onde pousará o Espírito do Senhor, espírito de sabedoria e de inteligência, espírito de conselho e fortaleza, espírito de conhecimento e temor do Senhor”.

O Papa sustentou que o cristão deve estar consciente de que a promessa de Deus “passa de rebento à plenitude nos Dons do Espírito Santo”:

“Estar consciente que cada um de nós é um rebento daquela raiz que deve crescer, crescer com a força do Espírito Santo, até à plenitude do Espírito Santo em nós. A tarefa do cristão passa pois por proteger o rebento que cresce em nós, proteger o crescimento, proteger o Espírito”, afirmou o Papa.

Francisco convidou os crentes a adotarem, nas suas vidas, o estilo de Jesus que é o todo “humilde” sendo a “fé e a humildade” as bases:

“É preciso fé e humildade para acreditar que este rebento, este dom assim tão pequeno chegará à plenitude dos dons do Espírito Santo. É preciso humildade para acreditar que o Pai, Senhor do Céu e da Terra, como diz o Evangelho de hoje, escondeu estas coisas aos sábios, aos doutos e as revelou aos pequeninos. Humildade é ser pequeno, como o rebento, pequeno que cresce todos os dias, pequeno que necessita do Espírito Santo para poder ir avante, rumo à plenitude da própria vida”.

Para o Papa a humildade não pode ser confundida com “cortesia ou com o fechar os olhos em oração”. Francisco deixou o sinal do que é ser humilde ao jeito de Jesus:

“Há um sinal, um sinal, o único: aceitar as humilhações. A humildade sem humilhações não é humildade. Humilde é aquele homem, aquela mulher que é capaz de suportar as humilhações como Jesus as suportou, o humilhado, o grande humilhado”.

No final o Papa rezou:

“Que o Senhor nos conceda esta graça de proteger o pequeno em direção da plenitude do Espírito, de não esquecer a raiz e aceitar as humilhações”.

Educris com Osservatore Romano



Newsletter Educris

Receba as nossas novidades