Egito: Autoridades pedem redução de celebrações nas Igrejas

A comunidade cristã do Egito foi aconselhada, pelas autoridades locais, a reduzir o número de celebrações e as próprias visitas aos templos, como medida de segurança face à ameaça terrorista, informa a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

O conselho foi dado no final da semana passada pelo ministro do Interior egípcio, durante uma reunião com os chefes de segurança das diversas províncias do país onde o risco de atentados é mais elevado, revela a AIS.

Segundo Magdi Abdel Ghaffar, o Egipto está na mira de “forças que querem desestabilizar” o país, e é necessário usar todas as medidas preventivas. Assim, Abdel Ghaffar aconselhou os cristãos a reduzirem as “visitas e as celebrações” em igrejas e mosteiros, evitando os ajuntamentos de pessoas “em locais de culto e de oração”.

O ministro do Interior garantiu, no entanto, que as autoridades vão manter os locais de culto cristãos em vigilância apertada, com equipas da polícia e do exército coordenadas com as autoridades locais e responsáveis das igrejas.

Este alerta das autoridades poderá significar a existência de informações referentes a potenciais novos atentados. 

A comunidade cristã está ainda traumatizada pelos recentes ataques de que foi vítima, nomeadamente o massacre de cerca de três dezenas de cristãos no final do mês de Maio, quando viajavam na província de Minya, no sul do Egipto, para o mosteiro de São Samuel, o Confessor. 

Durante o trajecto, recorde-se, homens armados, que se disfarçaram usando fardas militares, emboscaram os veículos em que viajavam os cristãos – três pequenos autocarros –, atacando-os depois com armas automáticas.

Os coptas, como são conhecidos os cristãos do Egipto, representam cerca de 10% da população do país, e esse atentado veio sublinhar ainda mais a situação terrível em que se encontram. 

Nos últimos meses, perderam a vida quase sete dezenas de cristãos só em atentados em igrejas. Só no mês de Abril, no domingo de Ramos, em dois atentados quase em simultâneo, morreram 45 cristãos.

Educris|18.06.2017



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