Audiência-geral: Papa inicia catequeses sobre a esperança cristã

O Papa Francisco recebeu hoje, na Sala Paulo VI, milhares de peregrinos para a tradicional audiência-geral das quartas-feiras. Na 51ª audiência desta ano Francisco deu início a um novo ciclo de catequeses dedicadas à esperança cristã:

"Iniciamos hoje uma série de novas catequeses sobre a esperança cristã. Temos necessidade, nestes tempos escuros e onde nos sentimos perdidos, de esperança".

Para o Papa a esperança cristã "nunca desilude" porque "Deus não nos abandona e caminha connosco". Francisco convidou então os fiéis a iniciarem uma reflexão sobre o significado de "esperar quenos dá o texto biblico".

Começando com a leitura do profeta Isaías que anuncia a consolação o papa argentino explicou que Deus "consola evocando consoladores, a quem pede para tranquilizar o povo e anunciar que acabaram as tribulações e as dores e que o pecado foi perdoado: é isso que cura o coração aflito e assustado. Por isso, o Profeta pede para preparar o caminho ao Senhor, abrindo-se aos seus dons de salvação".

Francisco deixou então algumas questões:

"O que significava isto? Para aquele povo, que estava exilado na Babilónia, a consolação começava com a possibilidade de atravessar o deserto, uma estrada ampla, sem vales e montanhas, e voltar à sua pátria".

Francisco disse que preparar "aquela estrada era preparar um caminho de salvação e libertação de todo obstáculo e impedimento" e aparece num momento, o do exílio, em que o povo se sente "abandonado e sem esperançano próprio Deus":

"O 'consolar' expresso pelo profeta é o convite a voltarmos a sorrir, pois só o sorriso trás de volta a possibilidade de voltar a confiar no Senhor". Para o Papa as crianças são "aqueles que nos podem ensinar a esperança" e neles "encontrar Deus".

Na sua pregação "João Batista retoma as palavras de Isaías" e convidam à conversão:

"Aquela voz gritava onde ninguém podia ouvi-la, no vazio devido à crise de fé. Os Israelitas viviam como exilados, sob a dominação romana, estrangeiros no seu próprio país. Mas a verdadeira história não é feita pelos poderosos, mas por Deus, com os pequenos: Zacarias e Isabel, idosos e estéreis; Maria, jovem virgem prometida a José, os pastores, desprezados: são os pequenos que se tornaram grandes pela fé, os pequenos que sabiam continuar a esperar. A esperança é uma virtude dos pequenos".

No final o Papa concluiu:

"São eles que transformam o deserto do exílio, da solidão, do sofrimento, num caminho plano no qual se pode caminhar em direção à glória do Senhor. Seja qual for o deserto das nossas vidas, se deixarmos que nos ensinem a esperança, ele se transformará num jardim florido".

 

 



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