O Papa Francisco visitou hoje os antigos campos de concentração nazis de Auschwitz e Bikernau, na Polónia, onde efetuou numa homenagem sentida e em silêncio aos mortos do III Reich.
No livro do Museu de Auschwitz Francisco escreveu em espanhol: "Senhor, tem piedade do teu povo. Senhor, perdão por tanta crueldade". Durante cerca de uma hora e meia o Papa atravessou sozinho o portão de Auschwitz e sentou-se em silêncio a meditar antes de beijar um dos postes de madeira onde os prisioneiros eram executados.
De seguida o Papa cumprimentou os sobreviventes do Holocausto junto ao chamado "muro da morte", no bloco 11. Neste momento Francisco esteve acompanhado pelo primeiro-ministro polaco, Beata Szydlo.
Um dos sobreviventes ofereceu ao Papa uma vela, que a colocou junto ao muro, onde se inclinou, apoiado numa mão, e deixou como presente pessoal uma lamparina de bronze.
Francisco dirigiu-se em seguida, de forma privada, ao 'Buraco da fome', lugar onde São Maximiliano Kolbe esteve preso antes de ser injetado com fenol pelos oficiais das SS nazis.
De seguida o Papa dirigiu-se para o campo de Bikernau onde voltou à oração junto ao monumento internacional de memória às vítimas do Holocausto. Aqui Francisco colocou um candeeiro junto às 23 lápides escritas em várias línguas.
O Rabino-Chefe da Polónia, Michael Schudrich juntou-se ao Papa para proclamar o salmo 130 em hebraico, o qual foi repetido em polaco pelo padre Stanislaw Ruszala.
No final Francisco encontrou-se com um grupo de pessoas que ajudaram os judeus a fugirem ao regime nazi e são, por isso, apelidados de 'justos entre as nações.
Durante o dia de hoje o Papa Francisco vai visitar um hospital universitário que recebe crianças em Cracóvia.
Ao final da tarde realiza-se a Via-Sacra com os jovens participantes na Jornada Mundial da Juventude.