JMJ 2016: Papa pede aos jovens "testemunho" de uma fé viva

O quarto dia da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), segundo dia do Papa Francisco na sua visita à Polónia, fica marcado pelo encontro do sucessor de Pedro com milhares de jovens, vindos de 184 paísesou territórios, numa festa de boas-vindas em Cracóvia.

Numa cerimónia marcada pela música, cor, e mensagens fortes de santidade vindas dos cinco continentes os jovens escutaram Francisco pedir-lhe "a coragem de confiar em Jesus" e de serem "testemunhas da misericórdia" que é "jovem".

No início da sua intervenção o Papa agradeceu a receção de que foi alvo por parte de todos e recordou "São João Paulo II que sonhou e deu o impulso a estes encontros da juventude. Do céu, ele acompanha-nos, de modo especial aos jovens pertencentes a povos, culturas, línguas diferentes".

Francisco alegrou pelo número de jovens presentes nas JMJ e afirmou que a reunião desta semana acontece "por um único motivo: celebrar Jesus, vivo no meio de nós, que renova o nosso desejo de o seguir, de viver com paixão o seu seguimento".

Na ocasião o Papa argentino lançou duas questões aos mais novos: "Que ocasião melhor para renovar a nossa amizade com Jesus e entre nós, reforçar a nossa amizade com ele e partilhá-la com os outros? Que maneira melhor para viver a alegria do Evangelho e com ele contagiar o mundo, no meio a tantas situações dolorosas e difíceis?".

A resposta, afirmou, encontra-se "em Jesus que nos convocou para esta JMJ e nos afirma 'Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Felizes os que sabem perdoar, ter um coração compassivo, dar o melhor de si mesmos aos outros".

Francisco disse que a Igreja "quer aprender com os jovens a renovar a sua confiança na Misericórdia do Pai, que tem o rosto sempre jovem e não cessa de nos convidar para o seguir", porque "o rosto da misericórdia é jovem".

Tocando algumas preocupações da juventude atual Francisco desafiou os jovens a não se deixarem vencer pelo "comodismo" mas a serem capazes de "ir ao encontro dos outros e abraçar a todos" pois a "misericórdia significa oportunidade, futuro, compromisso, confiança, abertura, hospitalidade, compaixão, sonhos". 

Para o papa é triste "ver jovens já reformados, rendidos, desanimados e apáticos que buscam falsas ilusões". A todos Francisco garantiu que "Jesus Cristo" é a resposta pois "leva-nos a dar o melhor de nós mesmos, interpela-nos, convida e ajuda a reerguer-nos e  impele-nos a levantar o olhar para o céu".

"Nestes dias da JMJ, Jesus quer entrar em nossa casa; dar-se conta das nossas preocupações, da nossa pressa, como fez com Marta... e espera que o escutemos como Maria: que tenhamos coragem de confiar nele. Que estes sejam dias dedicados a Jesus, à sua Palavra e àqueles que refletem o seu rosto".

No final da sua intervenção o Papa Francisco convidou os jovens a um momento de oração e rezou:

"Peçamos ao Senhor que nos lance na aventura da misericórdia, na aventura de construir pontes e derrubar muros e barreiras de arame farpado; na aventura de socorrer os pobres, os excluídos, os abandonados, os desesperados, os idosos. Eis-nos aqui, Senhor! Enviai-nos para partilhar vosso Amor Misericordioso. Queremos acolher-vos nesta JMJ e confirmar que a vida é plena quando é vivida com misericórdia".



Newsletter Educris

Receba as nossas novidades