Papa "feliz" numa viagem "pelos mais vulneráveis"

O Papa Francisco chegou ontem ao Equador dando início à sua 9ª viagem apostólica. Na "bagagem" o Papa disse trazer "muita alegria" mas também vários alertas "contra a exclusão" e apelos em favor dos mais "vulneráveis". A viagem vai percorrer três países latino-americanos e tem 9 dias de duração.

No Aeroporto internacional de Quito, e após 12 horas de viagem, o Papa começou por afirmar que "as realizações alcançadas no progresso e desenvolvimento possam garantir um futuro melhor para todos, prestando especial atenção aos nossos irmãos mais frágeis e às minorias mais vulneráveis, que são a dívida que toda a América Latina continua a ter", reforçou no primeiro de vinte e dois discursos previstos para a viagem.

 Como argentino de nascimento o Papa manifestou a sua "alegria e gratidão, entusiasmo e esperança" por regressar ao seu continente natal, elogiando o acolhimento equatoriano.

Francisco recordou que no passado visitou o Equador por vários motivos e apresentou-se hoje como "testemunha da misericórdia de Deus e da fé em Jesus Cristo".

A intervenção Papal recordou que a fé católica "modelou a identidade" do país, gerando vários santos que "viveram a fé com intensidade e entusiasmo e, praticando a misericórdia, contribuíram para melhorar, em diferentes áreas, a sociedade equatoriana do seu tempo".

Para Francisco nos tempos atuais é fundamental "encontrar no Evangelho as chaves que nos permitam enfrentar os desafios atuais, avaliando as diferenças, fomentando o diálogo e a participação sem exclusões", apelou.

Ao presidente do Equador Francisco afirmou: "Daqui quero abraçar todo o Equador: desde o cume do Chimborazo até às costas do Pacífico, desde a selva amazónica até às Ilhas Galápagos, nunca percais a capacidade de dar graças a Deus pelo que Ele fez e faz por vós".

Na pequena cerimónia de boas vindas Rafael Correa, presidente do Equador falou de um Papa "gigante moral" e de um continente "que apesar de maioritariamente católico" continua a permitir "a matança diária da má distribuição dos bens" apontando a "Laudato Si'" como caminho para o futuro do continente.

No final da cerimónia das boas-vindas, Francisco seguiu para a Nunciatura Apostólica de Quito (representação diplomática da Santa Sé), onde vai ficar alojado, num percurso de cerca de oito quilómetros.

Educris com RV



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