Papa Francisco: A Humilhação é a surpresa de Deus

 

Na homilia desta manhã, na Praça de São Pedro, durante a celebração do Domingo de Ramos na paixão do Senhor o Papa Francisco centrou a sua homilia no hino da carta aos Filipenses: “A humilhação de si mesmo, a humilhação de Jesus”.

 

 

Perante milhares de fieis, muitos dos quais jovens na celebração do Domingo de Ramos, que é também Dia Mundial da Juventude o Papa começou por lembrar que a humilhação de Jesus revela “o estilo de Deus e que deve ser também o estilo do cristão: a humildade. Um estilo que nunca acaba de nos surpreender, pois nunca nos habituamos à ideia de um Deus humilde”.

 

Para Francisco “Deus humilha-se para caminhar com o seu povo, para suportar as suas infidelidades”. O Senhor ouve pacientemente os murmúrios, as lamentações contra Moisés, que no fundo eram contra Ele, contra o Pai que os tinha tirado da condição de escravatura e os conduzia através do deserto para a terra da liberdade”.

 

A Semana Santa, “que nos conduz à Páscoa” é este mesmo “caminho da humiliação de Jesus”. E só assim será ‘Santa’ também para nós”, referiu.

 

 

O Papa reforçou a ideia que apenas percorrendo o caminho da cruz é possível “viver os momentos que caracterizaram o caminho de Jesus até à sua morte”.

 

“Este é o caminho de Deus”, o caminho da humildade. É o caminho de Jesus, não há outro. E não existe humildade sem humiliação.

 

O Papa sublinhou que Deus “se fez servo” através da “humildade” e que este valor é “também serviço, porque significa esvaziar-se de nós mesmos para deixarmos espaço a Deus na nossa pessoa. Este esvaziar-se como diz a Sagrada Escritura é a maior humiliação”.

 

O Papa recordou que existe “um caminho “contrário ao de Jesus. O da Mundanidade que nos leva pelas vias da vaidade, do orgulho, da procura do sucesso… O maligno propôs esta via também a Jesus, durante os quarenta dias no deserto. Mas Jesus recusou-a sem hesitação. E com Ele, somente com a sua graça, a sua ajuda, também nós podemos vencer esta tentação da vaidade, da mundanidade, não só nas grandes ocasiões, mas nas circunstâncias ordinárias da vida.”

 

A este propósito o Papa evocou os inúmeros “exemplos de humildade e silêncio de tantos homens e mulheres que sem procurar dar nas vistas procuram servir os outros: parentes doentes, anciãos sós, inválidos, sem-abrigo” e convidou os presentes a elevar o pensamento “a quantos, pela sua fidelidade ao Evangelho são discriminados, pagando com a própria vida, como os cristãos perseguidos, os mártires do nosso tempo. São tantos! Não renegam Jesus e suportam com dignidade insultos e ultrajes. Seguem-No pelo seu caminho. Podemos falar de uma nuvem de testemunhas.”, referiu.

 

No final da sua homilia Francisco convidou todos a tornarem presentes na sua Semana Santa “este caminho, com tanto amor por Ele, o nosso Senhor e Salvador. Será o amor a guiar-nos e a dar-nos força. E, onde Ele estiver, estaremos também nós. Amem”.

 

 


Educris com Rádio Vaticano

 



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