Fátima: «Uma sociedade mais livre» e o contributo da escola

No final da manhã do passado dia 20 de junho vários representantes das escolas católicas participaram no painel «A Escola Católica e a construção de uma sociedade mais livre».

A irmã Margarida Maria Ribeirinha, diretora geral do Colégio da Imaculada Conceição, em Viseu apontou “o ser da escola católica (EC)” como a identidade de “levar o homem a descobrir Jesus Cristo” como aquele que contribui “para a abertura aos demais e com respeito pela liberdade dos outros”.

Para a responsável a vocação da EC deve percecionar que “não existe para estar no topo do ranking” mas para “formar para o ser” de todos “os que nos são confiados”:

“A perceção de que somos todos os dias chamados por Jesus deveria colocar-nos numa atitude de humildade e de serviços, de busca e de encontro, de saída e proximidade para ir ao encontro de todos”.

A diretora geral do Colégio da Imaculada Conceição sustentou que “a pedagogia do evangelho” deve “guiar toda a ação das escolas católicas” para que, deste modo, se construa “uma sociedade mais livre a partir do paradigma do amor”.

“Isto faz-se com a formação humana e religiosa em cada um de modo o formando tome consciência de si e compreenda a realidade em que habita. Este modo, e movendo o coração a partir do evangelho, poderá construir uma sociedade mais livre porque mais justa”.

Elisa Urbano, responsável do departamento da EC do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), afirmou que é urgente “tomar consciência de que já não somos uma cristandade mas que estamos em tempo de missão e o paradigma da educação está em mudança”.

Na sua intervenção a responsável trouxe à reflexão o que na europa se vai “pensando sobre a educação católica”.

As preocupações do futuro da escola católica prendem-se com “o diálogo intereligioso num universo de mais de 8 milhões de alunos com destaque para a França e a Espanha com grande número de escolas católicas”.

Em Portugal, e de acordo com Elisa Urbano, existem cerca de 4,5% dos alunos que frequentam a escola católica.

Para esta responsável a escola católica necessita de “estar presente com um novo humanismo numa europa que se vai desmembrando”.

A irmã Maria Teresa Nogueira, diretora pedagógica do Colégio Nossa Senhora do Rosário, do Porto, afirmou que as EC são proposta “credível no contexto da educação” com um “presente cheio de entusiamo e alguns desafios para o futuro”.

Esta diretora apontou a necessidade de ter uma “proposta credível” no âmbito da educação “como lugar privilegiado de mudar o mundo” e como “formação de lideranças para tornar o mundo um lugar mais justo”.

Marco Silva, diretor do Colégio de São Gonçalo, em Amarante, referiu a necessidade de “criarmos projetos de vanguarda tendo consciência de que tem de ser sustentáveis”.

“Precisamos de recentrar a formação integral” a partir do paradigma das EC enquanto lugares de “encontro, partilha, e conhecimento de Jesus”.

A ação de formação foi uma parceria entre a Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC) e o departamento da Escola Católica (DEC) do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC) e contou com a presença de 44 membros de 27 escolas católicas. 

Educris|23.06.2017



Recursos:
Painel «A Escola Católica e a construção de uma sociedade mais livre» :
«A Escola Católica e a construção de uma sociedade mais livre»:
«A Escola Católica e a construção de uma sociedade mais livre»

Ouça o painel «A Escola Católica e a construção de uma sociedade mais livre» proferida na ação de formação para direções das escolas católicas a 20 de junho de 2017



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